
A presença de mulheres no cenário político do Brasil ainda é, significativamente, menor que a dos homens. No Piauí, conforme levantamento do Portal ClubeNews, nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, apenas 13,5% dos principais espaços de poder são ocupados por figuras femininas.
Os dados catalogados consideram apenas as prefeituras municipais, a Câmara Municipal de Teresina, a Assembleia Legislativa do Piauí, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Das 296 vagas, 253 são exercidos por homens. Logo, as mulheres ocupam apenas 13,5% dos espaços políticos no Piauí.
Segundo a Associação Piauiense dos Municípios (APPM), das 224 cidades do Piauí, apenas 27 são comandadas por mulheres, eleitas em 2020.
Na Câmara de Vereadores de Teresina (PI), dos 29 vereadores, seis são mulheres, sendo uma no exercício temporário do mandato. O número representa 17,2% do parlamento teresinense quando considerados apenas os titulares.
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Vereadoras de Teresina |
| Elzuila Calisto (PT) |
| Fernanda Gomes (Solidariedade) |
| Pollyanna Rocha (PV) |
| Teresinha Medeiros (União Brasil) |
| Thanandra Sarapatinhas (Patriota) |
| Graça Amorim (Progressistas)* |
*mandato suplente
A situação se repete na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Dentre os 30 deputados estaduais, seis são mulheres – das quais duas são suplentes – chegando a 20% da Casa.
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Deputadas estaduais |
| Bárbara do Firmino (Progressistas) |
| Ana Paula Mendes (MDB) |
| Gracinha Mão Santa (Progressistas) |
| Janaínna Marques (PT) |
| Simone Pereira (MDB)* |
| Elisângela Moura (PCdoB)* |
*mandato suplente
SEM MULHERES NA BANCADA PIAUIENSE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
O quadro político piauiense é crítico em relação à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. A única mulher eleita em 2022 para o cargo de deputada federal, Rejane Dias, renunciou à vaga para assumir como conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).
Com isso, 100% das vagas destinadas ao Piauí, na Câmara, serão ocupadas por homens até 2026, ano em que finaliza a legislatura 2022-2026.
NO SENADO, TODAS AS SENADORAS SÃO SUPLENTES
No Senado, as três mulheres que ascenderam à vaga de senadora da República cumpriram mandato na condição de suplentes.
A atual secretária de Assistência Social do Piauí (Sasc), Regina Sousa (PT), foi a primeira mulher piauiense a exercer o cargo. Ela assumiu a vaga em 2015 após a renúncia de Wellington Dias (PT), que foi eleito Governador do Piauí pela terceira vez.
Eliane Nogueira (Progressistas), mãe e primeira suplente do filho, o senador Ciro Nogueira (Progressistas), exerceu o cargo de senadora entre 2021 e 2022. O mandato durou enquanto Ciro Nogueira exercia a função de ministro-chefe da Casa Civil.
Jussara Lima (PSD) é a atual representante feminina no Senado. Ela assumiu após o licenciamento do titular, Wellington Dias, nomeado ministro do Desenvolvimento Social.

LENTO AVANÇO
A primeira política afirmativa para candidaturas femininas data de 1995, quando foi aprovada a reserva de 20% das candidaturas para mulheres, mas sem a obrigação dessas vagas serem de fato preenchidas, o que nunca ocorria.
Desde então, as cotas para candidaturas femininas subiram para 30% e se tornaram obrigatórias. Num dos avanços mais recentes, em 2022 foi inserida na Constituição a obrigação expressa dos partidos aplicarem os recursos públicos de campanha em candidaturas femininas, na mesma proporção do número de candidatas e no mínimo em 30%.
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