
A situação se estende por dois meses e tem afetado os pontos mais altos da cidade. É o que conta o aposentado Antônio Batista, residente do Morro do Macambira. “Aqui falta água há dois meses. Todo dia falta água”, diz.
A dona de casa, Maria da Paz, relata que tem acordado de madrugada para armazenar água e, ainda assim, é uma dificuldade encher os utensílios, pois a intensidade é muito fraca e não sobe a torneira.
“(acordo) de madrugada para aparar a água e é bem fraquinha. Levantamos 02h e quase não enchemos os baldes. Estou com sono, mas senão acordar de madrugada fico sem água o dia todo”, afirma.
Na casa de José Francisco Lacerda, outro morador da região, o caso é mais complicado. O aposentado fala que tem que ir à casa da filha todos os dias, para poder ao menos se hidratar. “Nem água para gente beber não tem. Para gente beber, tem que buscar na casa da filha, que mora mais em baixo, lá tem água para beber”, diz.
A Agespisa diz que o fato ocorre por conta de problemas técnicos. Dois poços tiveram queda no volume de água produzida, o que tem causado baixa pressão para o reservatório localizado no bairro Morada do Sol. Diante desse fator, a pressão exercida não tem sido suficiente para chegar aos locais mais altos da cidade, explica a auxiliar técnica Otávia Caracas.
“Temos quatro poços que abastecem o reservatório na Morada do Sol. Desses quatros, dois baixaram bruscamente a vazão de água. Esses dois poços produzem cerca de 150 mil litros/hora, eles baixaram e não estão chegando nem a 50 mil litros”, ressalta.
A profissional certifica que a Agespisa tem trabalhado para melhorar o abastecimento, mas está na dependência de uma máquina para aprofundar o poço.
“A gente está tentando reabrir esse poço, só que para reabrir esse poço a gente precisa de um caminhão para perfurar. Esse serviço precisa ser agendado, porque não têm vários (caminhões) no estado”, fala.