
As mudanças no regime de cobrança de impostos, aprovada pelo Congresso Nacional, pode tornar o Brasil como o país com a maior carga tributária do mundo, segundo o secretário de Fazenda do Piauí, Emílio Júnior, em entrevista à TV Clube, nesta terça-feira (27).
A reforma tributária, promulgada em 2023, visa regulamentar diversos aspectos da cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo (IS), que substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e parcialmente o IPI.
O texto também isenta 15 produtos da cesta básica, que hoje custam 8%. O restante dos produtos da cesta passará de 15,8% de tributação para 10,6%, porque haverá alíquota reduzida. A transição começa em 2027 e vai até 2032.
“No estudo que foi feito, o peso dessa isenção custa 0,56%. Nós estávamos trabalhando com algo cerca de 0,26%. O problema é que começaram a agregar outras coisas. Esse estudo mostra que a nossa carga tributária, com o IBS e o CBS, poderá ficar algo no entorno de 28%. Seria a maior do mundo”, disse o secretário.
O secretário Emílio Júnior também defendeu a unificação dos tributos para uma cobrança unificada aos contribuintes.
“O ideal é que nós tivéssemos uma alíquota uniforme em todas as cadeias, porque você termina pagando algo igual para todo mundo. A partir do momento que você começa a beneficiar algumas cadeias, como cesta básica, medicamentos, isso muda o cenário”, pontuou.
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