
Atualizada às 13h
O vereador de Teresina, Ismael Silva (Progressistas), registrou um boletim de ocorrência contra um servidor da Secretaria Municipal de Educação (Semec).
Ismael Silva foi anunciado pelo prefeito eleito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), na segunda-feira (28), como o futuro secretário de Educação de Teresina.
O boletim foi registrado na quinta-feira (31) após o parlamentar sofrer racismo em um grupo de um aplicativo de mensagens.
“É, de fato, uma situação lamentável, sobretudo partindo de quem partiu, que é de um professor da Rede Municipal de Ensino, que se referiu a mim como sendo ‘um negro de salão, estilo Jojo Todynho'”.
Conforme o vereador, a referência aconteceu após ele manifestar que iria acionar o Ministério Público Federal em razão do desabastecimento da merenda escolar nos estabelecimentos de ensino de Teresina.
“Eu fiquei ainda mais assustado por ter sido uma conduta criminosa gratuita, uma ofensa gratuita, tendo em vista que eu, particularmente, não fiz nada, nem te ensinei um comentário relativo aos nossos professores, mas sim à atual gestão municipal de Teresina, sobretudo em respeito à Semec”.
O vereador afirmou que “esse tipo de comportamento precisa ser repelido, não se pode tolerar, em hipótese alguma, esse tipo de conduta criminosa.
“Eu já adotei as medidas cabíveis. Já registrei o boletim de ocorrência. Estou também acionando o Município de Teresina, levando em consideração que se trata de um servidor público para que se instaure um procedimento administrativo disciplinar e apure a conduta desse servidor”.
MENSAGEM
A assessoria de comunicação do parlamentar explicou à TV Clube que a equipe teve acesso a um print, que é uma captura da tela do celular, em que o servidor se refere a Ismael Silva de forma racista.
Conforme a mensagem, o servidor teria se referido ao parlamentar como “negro de salão”. A assessoria do vereador informou que Ismael Silva aguarda o trabalho da Polícia Civil e a identificação do suspeito.
A expressão “negro de salão” faz referência à época da escravidão do Brasil direcionada às pessoas negras. Nesse caso, os escravizados trabalhavam como uma “pessoa de confiança” dos proprietários das residências, mas sem qualquer autonomia.
