
O projeto de reconhecimento facial baseado em feições piauienses foi lançado nesta quarta-feira (6) em workshop sobre Segurança Pública e Privacidade de Dados. O reconhecimento facial funcionará a partir de inteligência artificial e foi desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Diferentemente de outros sistemas de reconhecimento facial já usados no Brasil, o reconhecimento facial será feito baseado totalmente nas feições piauienses, como aponta o secretário de Segurança Pública, Chico Lucas.
“O reconhecimento facial que a gente tem aqui no Brasil, geralmente são sistemas baseados em feições norte-americanas, europeias ou asiáticas. Esse algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade Federal do Piauí treinou o sistema em feições piauienses, nas 800 mil carteiras de identidade do Estado”, afirmou o secretário.
Os pesquisadores da Universidade Federal do Piauí ficaram responsáveis também pela avaliação do sistema de inteligência artificial de reconhecimento facial desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI) para evitar possíveis erros discriminatórios do algoritmo, além de proteger a privacidade do cidadão.
O grupo de pesquisadores da UFPI, coordenado pelos professores Nelson Juliano, Lucas Villa, Berto Igor e a mestranda Ana Letícia, dividiu o trabalho em três frentes:
- Inteligência Artificial e Reconhecimento Facial: análise do uso do reconhecimento facial em blitzen e possíveis implicações de discriminação racial.
- Conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD): verificação se o sistema de dados da SSP-PI está em conformidade com a legislação de proteção de dados.
- Capacitação dos Servidores: treinamento das equipes que manipulam os dados, assegurando a correta aplicação das normas de proteção de dados e o uso responsável das tecnologias.
O secretário Chico Lucas comenta sobre a importância dessa pesquisa para saber os limites entre segurança e privacidade.
“Debater com a sociedade a questão da segurança e do uso da tecnologia de juntar os dados do cidadão, mas de modo transparente para que a sociedade possa ter controle de como estamos usando os dados, para que não fira a privacidade das pessoas”, declarou.