
O julgamento do caminhoneiro Marcos Fortes de Sousa acontece nesta quinta-feira (28) na cidade de Altos. Ele é acusado de matar a ex-companheira Helioene de Andrade Pinheiro, 38 anos, e o filho dela, Flávio Henrique de Andrade Pereira, 13 anos.
Os crimes aconteceram no dia 03 de maio de 2024 no município de Altos. No mesmo dia, Marcos tentou matar a mãe e a irmã de Helioene. Por isso, ele também vai responder pelos crimes de feminicídio tentado contra Maria do Desterro Mota Pinheiro, de 84 anos e Joana de Andrade Pinheiro, de 57 anos.
Os familiares e amigos das vítimas acompanham o julgamento no fórum, que acontecerá forma híbrida. O tio de Helioene, o comerciante Antonio José Viana, espera que a Justiça de Deus seja feita já que a dos homens pode falhar.
“A justiça dos homens sempre foi falha; justiça séria, para mim, é a justiça de Deus. Eu estou aqui pedindo e implorando que a justiça veja o que aconteceu com minha família, que pode acontecer com a família de qualquer um. E se ele voltar a ser solto, ele representa um risco para mim como para todo mundo”, disse Antonio José.
O Ministério Público do Piauí (MPPI) ofereceu a denúncia contra Marcos Fortes em maio de 2024. Nela, o MPPI citou que “o acusado dirigiu-se à residência de sua ex-esposa, Helioene, munido de arma de fogo, punhal e uma garrafa contendo gasolina”.
O intuito do acusado, segundo consta na denúncia, era “de ceifar a vida de todos que estavam na residência, por não aceitar o fim do relacionamento”. Ele chegou a derramar gasolina no corpo de Helioene. Em seguida, “começou a esfaqueá-la, arrastando-a pelo chão e atirando contra o corpo da ex-mulher”.
Após isso, “o acusado também espalhou gasolina pela casa, ateando fogo no lugar, com o intuito de consumar a morte de todos”.
FILHO TENTOU PROTEGER A MÃE
Ao ver a cena, o filho adolescente de Helioene “tentou segurar o denunciado e derrubá-lo para proteger a mãe, mas as chamas avançaram e atingiram todos que estavam presentes, incluindo o denunciado”. Flávio abraçou a mãe em chamas, sofreu queimaduras graves e morreu dias depois no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
O MPPI divulgou que “os laudos periciais apontam que Helioene teve morte imediata, em razão do corte profundo no pescoço, além de queimaduras no corpo. Flávio Henrique de Andrade Pereira teve 90% (noventa por cento) do corpo queimado, com queimaduras de segundo e terceiro graus e faleceu no dia 10/05/2024, sete dias após o crime”.
Já as vítimas sobreviventes, Maria do Desterro e Joana Andrade, conseguiram sair da casa e foram socorridas por familiares e populares que chegaram no local. Elas tiveram, respectivamente, 45% (quarenta e cinco por cento) e 30% (trinta por cento) dos corpos queimados.
ACUSADO TENTOU SE MATAR
O acusado Marcos Fortes de Sousa também ficou ferido após tentar tirar a própria vida e ficou internado em um hospital de Teresina. Após tratamento, recebeu alta médica.
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Matéria em atualização.