4 de julho de 2025

Vítima de suposto envenenamento pela 2º vez está em estado grave; Polícia aguarda perícia

Malu Barreto

Publicado em 22/01/2025 21:45

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Ambulância volta à casa das vítimas (Foto: Tiago Mendes)

O estado de saúde de Maria Jocilene Pereira, de 41 anos, é considerado grave, porém estável, informou o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), no fim da tarde desta quarta-feira (22). A mulher, que é uma das vítimas de envenenamento em Parnaíba, no dia 01 de janeiro, passou mal, durante esta manhã, na casa da família, onde ocorreu o crime durante o almoço de réveillon.

A Polícia Civil do Piauí informou que só vai se pronunciar sobre o caso após o resultado da perícia.

Jocilene apresentou sintomas de envenenamento e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU. Agentes da Polícia Civil vistoriaram a residência da família e de vizinhos. Cinco pessoas foram conduzidas até a Delegacia de Parnaíba para esclarecimentos:

  • Maria dos Aflitos: dona da casa, mãe e avó das vítimas e esposa do principal suspeito do crime, Francisco de Assis Pereira da Costa;
  • Maria de Fátima: irmã de Maria dos Aflitos;
  • Duas vizinhas (não tiveram os nomes divulgados);
  • Um homem (também sem o nome divulgado).

Segundo apurou o ClubeNews, a mulher teve uma parada cardiorrespiratória, após tomar café na casa de dona Maria dos Aflitos. Jocilene teria ido até o local, fazer uma visita, após saber da morte de Maria Gabriela, quinta vítima do envenenamento coletivo, ocorrido no almoço do dia 01 de janeiro.

A criança de 4 anos morreu no Hospital de Urgência de Teresina – HUT, na noite desta terça-feira (21). Ela comeu arroz envenenado com terbufós, substância altamente tóxica, usada em pesticidas e agrotóxicos, após passar 20 dias internada.

BOLETIM MÉDICO DO HEDA

Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) informa, por meio de boletim, o estado de saúde da paciente M.J.S., de 41 anos, que deu entrada na unidade no dia 22 de janeiro. A paciente encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob cuidados médicos intensivos. A equipe médica está realizando todos os procedimentos necessários para garantir o bem-estar da Sra. M.J.S. No momento, seu quadro clínico é instável e requer atenção. Estamos trabalhando em conjunto com o IML (Instituto Médico Legal) para identificar as causas da patologia atual da referida paciente. Atenciosamente, Dr. Carlos Teixeira – Diretor Técnico do HEDA

CRONOLOGIA DAS VÍTIMAS

  • A primeira morte confirmada foi Manoel Leandro Silva, de 18 anos, que faleceu no dia 1º de janeiro, dentro da ambulância, antes de receber atendimento médico.
  • No dia seguinte, o bebê Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, que estava internado no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba, também não resistiu às complicações causadas pelo envenenamento.
  • A tragédia se agravou com a morte de Maria Lauane da Silva, de 3 anos, no dia 6 de janeiro. Ela estava internada no HUT após ser transferida de Parnaíba, e sofreu falência múltipla dos órgãos.
  • A quarta vítima confirmada foi Francisca Maria Silva, mãe das crianças e irmã de Manoel.
  • No dia 21 de janeiro de 2025, a última internada da família não resistiu e morreu. Maria Gabriela, de 4 anos, estava internada desde o começo de janeiro e faleceu no Hospital de Urgência de Teresina. Maria também é filha de Francisca.

IRMÃOS MORTOS EM 2024

Outros dois filhos de Francisca Maria também morreram envenenados, mas no ano passado. Em 2023, Francisca Maria perdeu dois filhos, João Miguel Silva, 7 anos, e Ulisses, 8 anos. A Polícia Civil voltou a investigar esse caso, após laudo descartar que os cajus dados por uma vizinha aos meninos não estavam envenenados. A suspeita foi solta da prisão após seis meses de reclusão na Penitenciária Feminina de Teresina.

 

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