
A ex-deputada estadual Teresa Britto (PV) defendeu a manutenção da federação Brasil da Esperança, composta pelos partidos PT, PV e PCdoB. O bloco político foi formado em 2022 e pode ser renovado por mais quatro anos.
Teresa Britto assumiu a presidência da federação em fevereiro de 2025. Ela reconheceu que os partidos menores, como PV e PCdoB, foram prejudicados pelo favorecimento do PT dentro do grupo, especialmente no que diz respeito às eleições. O maior partido tem mais condições de lançar candidatos, reduzindo a cota de postulantes dos menores no pleito de 2026.
“Nós temos que fazer os ajustes, porque os partidos federados tiveram prejuízos. Eles tiveram menos espaços para lançar candidaturas. O Partido dos Trabalhadores tem um governador, uma bancada grande de deputados e o PCdoB e o PV são menores. A capilaridade deles é menor. Isso fragilizou os dois partidores menores”, disse Britto em entrevista à rádio Clube News.
Ampliação
O deputado estadual e presidente do Solidariedade no Piauí, Evaldo Gomes, manifestou interesse em formar uma federação com o PV, incluindo também PRD e PSDB.
Teresa Britto negou qualquer contato com o deputado para tratar do assunto, mas agradeceu o interesse das legendas. Ela também defendeu a ampliação da federação.
“Como dirigente de federação, seria um contrassenso a gente estar pensando em outra federação. Nesse momento, nós estamos buscando o seu fortalecimento. Queremos até ampliá-la. É importante haver uma reforma no Congresso. A federação só dá direito a 31 candidatos”, disse
Base e oposição
Teresa Britto assumiu mandato de deputada estadual em 2018 e manteve postura de oposição à gestão de Wellington Dias (PT), atual ministro do Desenvolvimento Social (MDS).
Questionada sobre sua relação com o bloco governista, Teresa Britto voltou a criticar a gestão do petista, mas garantiu que estará alinhada à base do governador Rafael Fonteles (PT) em 2026.
“Eu era oposição a uma gestão ruim, a uma administração ruim e estava tudo ruim. Com todo respeito e carinho que eu tenho pelo ministro Wellington Dias, mas a gestão dele foi muito ruim. O que eu quero é o melhor para o Piauí. O que é bom, temos que dizer, e o que é ruim, temos que cobrar”, argumentou.