
O quarto episódio da série “Vozes do Autismo”, da ClubeNews FM, contou a história de duas mães atípicas. Apesar de trajetórias diferentes, Mariana Conde e Michele Marques compartilham experiências semelhantes nos cuidados com seus filhos autistas.
As entrevistas foram ao ar na semana do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril. A jornalista Mariana Conde é mãe de Rafael, de 4 anos, e passou alguns anos longe de Teresina (PI). Em 2023, retornou à capital com o desafio de adaptar a rotina da família à nova realidade.
“O diagnóstico do Rafael veio aos três anos, mas as terapias foram iniciadas bem antes. Com um ano, ele já fazia acompanhamento com uma fonoaudióloga, pois percebi atrasos na linguagem. Estávamos na pandemia, e muitas justificativas apontavam o isolamento como a causa. Mas, ao estudar mais sobre o assunto, percebi que não era apenas isso”, relatou Mariana.
Durante a entrevista, ela contou que, por muito tempo, evitou falar sobre o autismo do filho e se identificar como mãe atípica.
“É muito importante que o autismo do nosso filho não seja um fator limitante para sua presença em determinados espaços ou na forma como se relaciona com as pessoas. Visitei escolas onde a direção não parecia ter conhecimento sobre autismo, e isso nos deixou constrangidos”, afirmou.

A professora Michele Marques, mãe de Amanda, de 10 anos, relatou que recebeu o diagnóstico da filha há oito anos. Durante esse processo, decidiu também iniciar sua própria terapia.
“Em uma consulta, a profissional passou mais de duas horas com a Amanda. Quando ela me deu o diagnóstico, comecei a chorar sem parar. Meu luto foi uma constante, e, nesse período, Amanda não apresentava avanços. Mas, depois que iniciei minha terapia, tudo mudou. Hoje, cresço junto com minha filha. Não é fácil, é cansativo, mas enfrentamos com muito amor”, destacou Michele.
Para o futuro, ela espera que a sociedade esteja mais preparada para acolher sua filha sem preconceitos. “Desejo que, quando Amanda for adulta, ela possa ser bem recebida pela sociedade. Tenho fé e vejo mudanças acontecendo. Ao longo desses oito anos, vi pessoas terem seus direitos negados, mas também percebi avanços. Quero que minha filha seja cada vez mais livre e feliz. Toda mãe deseja o melhor para seu filho”, finalizou.
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