27 de julho de 2025

Servidores ligados à Tatiana Medeiros são afastados e proibidos de entrar na Câmara

Redação

Publicado em 14/04/2025 13:23

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Câmara Municipal de Teresina (Foto: Jonas Carvalho/Portal ClubeNews)

Três servidores da Câmara Municipal de Teresina (CMT) ligados à vereadora Tatiana Medeiros estão proibidos de acessar ou frequentar as dependências da CMT.

A vereadora foi presa no dia 3 de abril de 2025 e aguarda, nesta segunda-feira (14), o julgamento do habeas corpus pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI).

O afastamento atinge as pessoas que ocupavam os cargos de assessor especial da presidência e de duas assessorias parlamentares da CMT.  Elas também estão proibidas de manter contato com outros servidores do órgão.

As determinações acontecem por meio do cumprimento de três mandados judiciais pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (14), no âmbito da Operação Escudo Eleitoral, que apura a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das Eleições Municipais de 2024.

“A investigação apontou indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental”, informou a Polícia Federal.

Em resposta à ação da PF, a assessoria da Câmara Municipal de Teresina informou que está aguardando uma manifestação formal da Procuradoria-Geral da Câmara. “Estou aguardando a manifestação da Procuradoria da Casa. Até o momento, não tenho informações sobre essas medidas”, explicou.

Vereadora Tatiana Medeiros (Foto: divulgação/ redes sociais)

Investigação

A vereadora Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal, no dia 3 de abril, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Na mesma operação, foram alvos servidores comissionados da Câmara Municipal de Teresina (CMT), da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e da Secretaria de Estado de Saúde do Piauí (Sesapi).

Tatiana Medeiros é investigada pelos crimes de compra ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em âmbito eleitoral.

Em 14 de novembro de 2024, a casa da vereadora foi alvo de cumprimento de mandado de busca e apreensão, durante uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) contra lavagem de dinheiro referente ao tráfico de drogas.

Na época, a investigada não era detinha mandato parlamentar, mas o namorado dela, identificado como Alandilson Cardoso Passos, era suspeito de integrar uma organização criminosa especializada no tráfico e em lavagem de dinheiro.

Ele estava foragido no momento da operação e foi preso posteriormente em um hotel na cidade de Belo Horizonte (MG). Segundo o delegado Samuel Silveira, Alandilson estava acompanhado de Tatiana no momento da prisão. Os dois estariam viajando juntos.

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