
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou a instalação de ovitrampas, armadilhas utilizadas para monitorar a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A estratégia é parte do conjunto de ações de combate às arboviroses na capital.
As armadilhas simulam o ambiente ideal para a postura de ovos das fêmeas do mosquito, utilizando água parada e palhetas de eucatex. Inicialmente, elas serão implantadas em residências previamente selecionadas nas zonas Leste e Norte de Teresina, em um raio de aproximadamente 300 metros. A Gerência de Zoonoses da FMS reforça o pedido de colaboração dos moradores para a instalação e manutenção das ovitrampas.
Funcionamento das ovitrampas
As armadilhas são colocadas uma vez por mês nas casas selecionadas e permanecem por um período de 5 a 7 dias. Após isso, agentes de combate às endemias recolhem as palhetas, que são encaminhadas para análise em laboratório, onde os ovos são identificados e contados. O processo se repete mensalmente.
Segundo Lina Vera, coordenadora do Núcleo de Controle de Roedores e Vetores da Gerência de Zoonoses da FMS, caso seja detectado um alto índice de infestação em determinada área, medidas adicionais serão adotadas. “A intensificação das ações e a eliminação de criadouros são fundamentais para reduzir o risco de transmissão das arboviroses”, explica.
Primeira morte por dengue em 2025
A FMS confirmou, na última quinta-feira (10), a primeira morte por dengue registrada em Teresina em 2025. A vítima foi um homem de 45 anos que deu entrada em um hospital particular da capital com sintomas como mialgia, náuseas, vômitos e queda no número de plaquetas. Ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e faleceu no dia 2 de abril.
Casos em queda, mas cuidados continuam
Apesar da morte confirmada, os dados da FMS apontam redução no número de casos da doença. Nos três primeiros meses de 2025, Teresina registrou 693 casos confirmados de dengue, o que representa uma queda de 60% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 1.755 casos.
Ainda de acordo com a FMS, 80% dos focos do mosquito estão nas residências. Por isso, o órgão reforça a importância da participação da população no combate ao Aedes aegypti, com ações simples como a eliminação de água parada e a limpeza de recipientes que podem se tornar criadouros.