12 de julho de 2025

Médico alerta para os riscos do uso indiscriminado das canetas emagrecedoras

Alysson Camurça

Repórter
Publicado em 11/05/2025 09:40

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Caneta emagrecedora (Foto: Divulgação)

O uso indevido das “canetas emagrecedoras” vem preocupando profissionais da área da saúde. Em Teresina, algumas clínicas de estética vendem os fármacos sem a receita médica.

“O uso indiscriminado é perigoso. Primeiro porque tem a questão de expectativa, tem que saber que cada paciente tem uma resposta. Então você tem que ter noção que a medicação pode ter efeitos benéficos e maléficos individualmente, e é sempre importante o acompanhamento de um profissional habilitado”, explicou o médico cirurgião bariátrico, Daniel Parente.

Médico cirurgião bariátrico Daniel Parente (Foto: Reprodução/ TV Clube)

A administradora Fernanda Mendes relatou ter perdido 10 quilos com o uso do Mounjaro, medicamento indicado para o controle da obesidade e o tratamento de diabetes, e ressaltou a importância da receita médica neste processo.

“É essencial ir ao médico. Porque ele vai te explicar os possíveis efeitos adversos, o que eu vou sentir e não sentir. Tem também a parte de alimentação, porque quando você começa a tomar, você não vai conseguir comer. Mas você tem que comer, porque senão comer, você não vai conseguir realizar outras atividades”, contou.

Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um controle mais rigoroso das “canetas emagrecedoras”. A prescrição médica deverá ser feita em duas vias e a venda só poderá ocorrer com a retenção da receita na farmácia ou drogaria, assim como acontece com os antibióticos. A validade das receitas será de até 90 dias a partir da data de emissão.

Contudo, a Produção da TV Clube entrou em contato com uma suposta clínica de estética de Teresina, que só funciona no ambiente virtual, que comercializa os medicamentos mesmo sem a devida receita médica.

Quando questionada sobre a obrigatoriedade da receita, a clínica afirmou que a prescrição não era necessária para a compra. O medicamento estava sendo vendido por R$1400.

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