O secretário de Fazenda do Piauí (Sefaz), Emílio Júnior, explicou que parte dos recursos que serão arrecadados com os empréstimos solicitados pelo governador, Rafael Fonteles (PT), devem ser aplicados no pagamento de outras operações de crédito do estado.

O alongamento da atual dívida do Governo com instituições financeiras é a principal estratégia do Palácio de Karnak para melhorar o potencial de investimento, conforme esclareceu Emílio Júnior, em entrevista ao Portal ClubeNews, nesta terça-feira (6).

A intenção é estender os valores devidos aos bancos públicos, ampliando o parcelamento para até 25 anos. Com isso, na visão do secretário, o Executivo teria uma maior folga orçamentária para aplicar recursos no estado.

“Quando você tem uma dívida de 10 anos e você leva para 25 anos, a amortização, a prestação e a anuidade diminuem. Se diminui, sobram mais recursos para o Estado fazer melhorias naquilo que ele vem fazendo, como nas áreas de Segurança Pública, Educação, Saúde. Sobram mais recursos”, disse.

Endividamento

Entre os dias 23 e 30 de abril, o governador enviou à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) cinco solicitações para a contratação de operações de crédito. Quando somadas, as propostas totalizam R$ 11,5 bilhões em operações com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Banco do Brasil.

O secretário Emílio Júnior disse que o Estado está distante do limite prudencial de endividamento. No entanto, a preocupação da equipe econômica do Governo é com a volatilidade do dólar e a alta da taxa Selic.

“Em relação ao nível de endividamento, a gente tem uma margem muito grande para isso. O endividamento ele pode ser até duas vezes a receita corrente líquida. Hoje, duas vezes essa receita daria R$ 34 bilhões e o estado hoje, mesmo chegando a tudo isso, vai chegar a R$ 17 bilhões. Então, a gente tem uma margem ainda grande”, destacou.

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