
A concentração da salvinha (planta aquática que se espalha rapidamente) no Açude Caldeirão pode ter sido intensificada pelos fortes ventos que atingiram a região, segundo o biólogo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Giovanni Carvalho.
A hipótese foi levantada após inspeção da secretaria no açude, realizada na quarta-feira (7). Na análise, a equipe técnica tem como principal suspeita um processo de eutrofização – acúmulo de nutrientes como nitrogênio e fósforo – como causa do crescimento acelerado.
A equipe coletou amostras da água e enviará para análise em um laboratório da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com o objetivo de confirmar as hipóteses e orientar medidas de controle.
“A análise vai nos permitir entender o grau de impacto e definir as estratégias mais eficazes para preservar a qualidade da água”, explicou Giovanni Carvalho.
Poluição da água
De acordo com especialistas, a presença excessiva de vegetação, especialmente aguapés, pode indicar um desequilíbrio ambiental causado principalmente pela poluição da água. Apesar da presença das plantas, o secretário de Meio Ambiente do município, Sonny Anderson, afirmou que a água do açude ainda é considerada própria para banho.
“O aumento excessivo de plantas aquáticas em lagoas, principalmente aguapés, ocorre devido à poluição e à eutrofização, que eleva os níveis de nutrientes como fósforo e nitrogênio. Isso geralmente está relacionado ao lançamento de esgoto doméstico nas margens da lagoa ou em áreas próximas”, explicou o doutor em Ciências Jailson Rego.
A Prefeitura de Piripiri atua em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh) e com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para enfrentar o problema.