
Segundo levantamento do g1, a venda do medicamento tadalafila cresceu quase 20 vezes nos últimos 10 anos no Brasil. Em 2024, foram comercializadas 64 milhões de unidades do remédio, contra três milhões em 2015.
De acordo com o médico nefrologista Andrey Lima, a tadalafila tem duas indicações principais, mas vem sendo usada de forma indiscriminada para melhorar a performance sexual e esportiva.
“Infelizmente hoje nós vivemos em um mundo pós-moderno, que se fala muito em performance. Então as pessoas estão recorrendo até a tadalafila, que é um remédio que tem suas indicações, mas são duas indicações básicas: disfunção erétil e também para a hipertrofia prostática benigna”, contou o médico.
“Mas hoje pessoas sem doença, muito jovens, tem recorrido a tadalafila para melhora da performance sexual, ou também, erroneamente, para melhora de performance esportiva. Como ele é um vasodilatador, acredita-se que pode melhorar a performance esportiva, mas isso é falso também”, completou.
O médico alertou que o uso indiscriminado da tadalafila pode representar riscos à saúde, especialmente para pessoas com doenças crônicas, como as cardiovasculares, que afetam o coração e os vasos sanguíneos. O remédio deve ser utilizado apenas por quem tem disfunção erétil ou hiperplasia prostática benigna, e sempre com indicação médica.