Um levantamento do Instituto Tartarugas do Delta apontou que mais de 17 mil filhotes de tartarugas marinhas nasceram em praias piauienses somente no primeiro semestre deste ano.
Apesar da quantidade, grande parte dos répteis não sobreviveu, tornando-se alimento para alimentar a cadeia animal marítima. Um número reduzido sobrevive para dar equilíbrio à continuidade das espécies.
Quase todas as cinco espécies desses animais que estão presentes nas águas do Oceano Atlântico e que frequentam o litoral piauiense estão em risco de extinção. Dentre elas está a tartaruga-de-couro, que é vista apenas na Pedra do Sal e no litoral do Espírito Santo.
Centenas de ninhos estão espalhados nos 66 km de litoral, o que exige dedicação por parte dos voluntários do instituto. Eles levantam cedo e reforçam a atenção nos locais que já foram sinalizados.
Em entrevista à TV Clube, a vice-presidente do Instituto Tartarugas do Delta, Verlane Magalhães, explicou que o trabalho é realizado por meio do monitoramento das praias.
“A gente tem uma equipe que vem realizando o trabalho tanto noturno, para flagrar as fêmeas, como monitoramentos diurnos, para acompanhar os nascimentos e garantir que o maior número de filhotes chegue ao mar. Então, nesta temporada de 2025, já foram registrados mais de 300 ninhos e liberados mais de 17 mil [tartarugas]”, ressaltou.
Para ajudar na sensibilização da população, algumas regras foram criadas nas praias do Piauí, como a proibição de veículos motorizados na areia para evitar que os filhos que estão transitando rumo ao mar sejam atropelados.
