O anúncio da taxação de produtos brasileiros, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com vigência a partir de 1º de agosto, tem causado preocupação entre os produtores nacionais. Um dos setores mais impactados é o agronegócio. No Piauí, por exemplo, produtores de mel já sentem os reflexos da medida. O estado é o segundo maior produtor de mel do Brasil, com forte demanda no mercado norte-americano.

De acordo com Sérgio Bortolozzo, presidente da Associação Rural Brasileira, os produtos seguem sendo negociados com os compradores internacionais para garantir o cumprimento dos contratos, apesar da taxação. A medida preocupa principalmente os pequenos produtores, mas também pode afetar os grandes exportadores.

“Essa preocupação se estende para todo o setor do agro. Não só do agro, mas todo setor produtivo brasileiro. Estamos com o mesmo problema. Material no porto, nós cumprimos nossos contratos de café, farelo de soja, algodão, suco de laranja. Todos os produtos que exportamos. Estamos tentando negociar com os compradores”, relata.

Bortolozzo também explica o motivo da preocupação, que desestimula a produção no país e cria um alerta para os produtores brasileiros.

“Isso pode se tornar em um problema seríssimo. Como por exemplo, desestimulo a produção, preços baixos da produção. Com o desestimulo a produção, há o acarretamento de desempregos, a geração de impostos também fica comprometida, é um caminho sem volta. É muito preocupante a situação nesse momento”, explica.

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