
A propriedade em que estava a roça de maconha de cinco hectares encontrada em Cristino Castro (PI), na última sexta-feira (18), dispunha de placas solares e tratores para uma segunda cultivação da droga. A informação é do delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
“Placas solares, tratores, terreno já aradado para uma segunda produção, aproximadamente ao que se estima, de 130 mil pés de maconha. Então, dá para ter ideia do suporte que esses traficantes tinham naquela região”, contou o delegado.
Samuel Silveira informou que a droga seria encaminhada aos estados do Sudeste do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro.
“Ela é uma maconha de extrema qualidade dentro da produção do tráfico de drogas. A forma da embalagem tem como fim a preservação do seu cheiro, do seu conteúdo. A droga passaria, em outro estado, pela prensagem e colocação da marca criminosa até ser encaminhada ao sudeste do país”, explicou.
Ao todo, 1,6 tonelada foi apreendida durante a ação. Segundo o delegado Samuel Silveira, o foco em apreensões assim de grande quantidade é o impacto financeiro na organização criminosa. “A gente busca a real solução, que é a quebra da alimentação financeira da cadeia do tráfico e da organização criminosa”, disse.
O delegado ressalta que os envolvidos na produção da droga seriam de estados vizinhos ao Piauí. Ninguém estava no local durante a apreensão. Por isso, não aconteceram prisões em flagrante. Também não aconteceram prisões em decorrência de mandados de prisão preventiva ou temporária.
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