5 de outubro de 2025

Justiça suspende shows do Alok e Natanzinho Lima em cidade que decretou calamidade financeira; prefeitura recorre

Somente os shows com contratos celebrados pela Prefeitura de Cocal foram suspensos
Repórter
Publicado em 07/08/2025 11:03

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Alok e Natanzinho Lima (Foto: divulgação)

Atualizada às 12h50

A Justiça do Piauí decidiu, nesta quinta-feira (7), suspender os shows de Alok, Natanzinho Lima, Hungria Hip Hop e Anjos de Resgate na cidade de Cocal (PI). As apresentações de Xand Avião e Zé Vaqueiro não foram suspensas, por não terem contratos celebrados com a prefeitura do município. A prefeitura recorreu.

As apresentações aconteceriam durante o Festejo do Povo, previsto para acontecer na próxima semana no município, de 11 a 14 de agosto. Segundo a decisão, somando todos os contratos, o município de Cocal iria desembolsar R$ 1.840.000 dos cofres públicos com as apresentações.

O prefeito de Cocal, Cristiano Britto, informou que a gestão recorreu da decisão da suspensão dos shows por meio de um pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Piauí. O festejo está mantido.

“As três bandas que o juiz de primeira instância suspendeu, nós já recorremos ao tribunal justificando que o pagamento de parte delas é por emendas destinadas e outra pelo Estado”, disse.

O Ministério Público do Piauí argumentou que o município não tem capacidade social e econômica para arcar com o custo. Um relatório da Secretaria de Finanças de Cocal constatou, em março deste ano, que 85,66% da Receita Corrente Líquida Mensal do cofre municipal estava comprometida, decretando estado de calamidade financeira.

No documento, o município de Cocal afirmou que não é responsável pela contratação de todos as apresentações, sendo responsável apenas pelas contratações do DJ Alok e da banda Anjos do Resgate.

O município afirmou também que o Governo do Piauí contratou os artistas Natanzinho Lima, Xand Avião e Zé Vaqueiro.

No entanto, após uma análise de documentos públicos, foi constatado que o município firmou contratos com Natanzinho Lima, no valor de R$ 600 mil; Hungria Hip Hop, no valor de R$ 250 mil.

Além da suspensão dos contratos, o município foi proibido de celebrar outro contato com qualquer artista ou banda para o Festejo do Povo, sob pena de multa pessoal ao prefeito Cristiano Felippe de três milhões de reais por dia em caso de descumprimento.

A Justiça determinou também a retirada dos outdoors com as imagens do prefeito Cristiano Felippe e de sua esposa Lívia Janaina Monção Leodido Britto, no prazo de 24 horas, bem como a proibição de futura propaganda pessoal do gestor ligando a sua imagem a eventos públicos.

Somente os shows com contratos celebrados pela Prefeitura de Cocal foram suspensos. Os artistas contratados por empresas privadas e pelo Governo do Piauí não tiveram suas apresentações suspendidas.


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