Moradores de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí, enfrentam dificuldades devido à seca que atinge a região, comprometendo a qualidade da pouca água que chega às torneiras. Segundo relatos, além da escassez, o líquido estaria saindo sujo e com mau cheiro, tornando-se impróprio para o consumo.
O abastecimento da cidade, que tem cerca de 40 mil habitantes, é feito por dois sistemas: um formado por quatro poços localizados na região conhecida como Serra Branca e outro que utiliza a Barragem Petrônio Portela.
A estiagem tem provocado o esvaziamento do reservatório, que tem capacidade para suportar até 180 milhões de m³ de água, mas atualmente comporta menos de 20 milhões de m³ do líquido, equivalente a 10% do total.
A aposentada Maria Lúcia da Silva, contou à TV Clube que tem receio de beber da água. A alternativa encontrada pela idosa foi comprar galões de água potável, custando R$ 70,00.
“Quando você abre [a torneira], é aquele fedor podre como carniça. É obrigatório a gente deixar [a torneira] ligada para poder limpar porque nem jogar nas plantas serve. Para tomar banho, você abre lá, aí quando a água tá meio suja, você deixa o chafariz ligado e deixa limpar para poder tomar banho. Tem muita gente que bebe, mas eu mesma não me atrevo a beber uma água dessa, não, só se não tivesse outra porque não dá para beber”, disse.
O outro lado
A TV Clube procurou a Águas do Piauí, que é a concessionária responsável pelo abastecimento de água no estado. Por meio de nota, a empresa afirmou que foram realizadas manutenções nos poços da Estação de Tratamento de Água (ETA) Serra Branca, bem como serviços nas bombas de captação da ETA Garrincho.
O objetivo das ações, segundo a Águas do Piauí, é ampliar a oferta da água até a unidade de tratamento de São Raimundo Nonato.
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