
A leva de imóveis cada vez mais compactos já é uma realidade sedimentada no mercado imobiliário, fato este que transformou o desafio de viver bem em pouco espaço numa questão central da arquitetura residencial. Contudo, por meio de um projeto de arquitetura e interiores que aplique princípios ergonômicos, psicológicos e funcionais, é plenamente possível que um imóvel com menos de 60m² se transforme em um espaço surpreendentemente funcional e confortável.
Tudo começa com a aplicação de técnicas que ampliem visualmente a percepção do espaço. O objetivo aqui é criar uma continuidade visual que promova sensação de amplitude, o que pode ser atingido por meio da integração de pisos e uso de uma paleta de cores mais suave nas superfícies principais. Além disso, o uso estratégico de espelhos aliado à maximização da entrada de luz natural são recursos clássicos que continuam eficazes. Outra dica é utilizar cortinas do piso ao teto, que, além de serem mais elegantes que cortinas instaladas no tamanho da janela, contribuem para a sensação de pé-direito ampliado.
A escolha de móveis multifuncionais é outro fator que vai auxiliar no aproveitamento máximo de seu espaço. Parte-se da premissa de que cada peça deve desempenhar pelo menos duas funções. Podemos incluir nesta estratégia mesas que se expandem, sofás-cama com design contemporâneo, bancada que divide cozinha e sala funcionando como área de preparo de alimentos, mesa de refeições e bancada de trabalho, entre outros. São abordagens que multiplicam as possibilidades de uso sem comprometimento da circulação.
Cita-se também a necessidade de adoção de soluções de armazenamento vertical. Dessa forma, podemos aproveitar a altura das paredes com estantes até o teto, criar nichos em corredores e utilizar espaços residuais como locais de armazenamento com marcenaria planejada. Ademais, a organização por zonas, isto é, o agrupamento de objetos por função e frequência diária de uso, também é uma técnica eficiente para otimizar a rotina e manter o ambiente visualmente organizado e limpo.
Nota-se, portanto, que a diferença entre um imóvel pequeno bem projetado e outro mal distribuído pode ser determinante na qualidade de vida dos moradores. Diante desse cenário, a experiência do profissional de arquitetura é fundamental para identificar potenciais não evidentes e propor soluções customizadas que atendam especificamente ao perfil de uso de cada indivíduo e/ou família.
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