O papel dos pais vai muito além de prover: está em acompanhar de perto, perceber as necessidades dos filhos e criar experiências que fortalecem vínculos para sempre. Essa presença verdadeira é essencial para o neurodesenvolvimento infantil.

Em meio à correria do dia a dia, compromissos profissionais, tarefas de casa e a constante presença das telas, é comum que as crianças acabem ficando em segundo plano. No entanto, são justamente elas que mais precisam da nossa atenção afetiva e da nossa escuta presente.

Não basta estar fisicamente em casa: é preciso dedicar tempo de qualidade. Conversar, brincar, passear, acompanhar as tarefas escolares ou simplesmente compartilhar uma refeição em família são gestos que geram segurança, confiança e estimulam o desenvolvimento cognitivo, social e emocional. O brincar, em especial, favorece conexões neurais, amplia a criatividade e oferece experiências que ecoam por toda a vida.

O celular, embora tão presente em nossas rotinas, pode facilmente roubar esse espaço de conexão. Quando a tela ocupa o lugar da convivência, perdemos oportunidades únicas de fortalecer vínculos. E é importante lembrar: a infância é breve, mas suas memórias e aprendizados ficam para sempre.

Estar presente não significa ter muito tempo, mas aproveitar o tempo disponível com constância e atenção genuína. Um passeio no fim de semana, alguns minutos de conversa antes de dormir ou a participação em uma atividade escolar são exemplos simples que fazem toda a diferença.

Pais e mães que se fazem presentes ajudam seus filhos a crescerem mais confiantes, felizes e preparados para o futuro. Porque, no fim das contas, nenhum compromisso é mais valioso do que o de amar, cuidar e acompanhar aqueles que mais precisam de nós.