Josep Machado da Ponte Netto Junior vai a júri popular por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele é acusado de dirigir um carro que bateu em outro onde estavam o músico Carlos Henrique e o motorista por aplicativo Francisco Valderis Camilo Sousa. A decisão é do dia 4 de setembro de 2025.

O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina aceitou o pedido do Ministério Público e entendeu que há provas suficientes para levar o caso a julgamento. A acusação afirma que Josep assumiu o risco de matar ao fugir da polícia em alta velocidade e ignorar a sinalização.

Bárbara Beatriz da Silva dos Santos, dona da SUV e passageira no momento do acidente, foi absolvida por falta de provas. A Justiça também revogou sua prisão preventiva. Já Josep continua preso por ser considerado perigoso e por ter condenações anteriores por furto, roubo qualificado e receptação, além de responder a outros processos.

Com a decisão da Justiça, o processo entra na fase de preparação para o julgamento no Tribunal do Júri. Os jurados vão decidir se Josep é culpado ou inocente pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio qualificados.

O ACIDENTE

Carlos Henrique, de 24 anos, era baixista do cantor Júnior Masca e morreu na madrugada de 30 de maio de 2024. Ele estava em um veículo por aplicativo dirigido por Francisco Valderis quando o carro em que eles estavam foi atingido pela SUV dirigido por Josep Machado.

O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy e Dom Severino, na zona Leste de Teresina.

Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte do músico foi politraumatismo, sem sinais de tiro. O motorista Francisco Valderir sobreviveu.

O acidente ocorreu durante uma perseguição policial. Josep dirigia a cerca de 93,7 km/h em uma via com limite de 60 km/h e avançou o sinal vermelho. Ele fugia após suspeitas de furto de cabos de telefonia. Com a batida, Carlos Henrique foi arremessado para fora do carro.