
As prefeituras do Piauí que enfrentam consequências da estiagem prolongada poderão solicitar assistência da Águas do Piauí, concessionária responsável pelo abastecimento, por meio do preenchimento de um formulário. A mediação do contato será feita pela Microrregião de Água e Esgoto (MRAE).
Nesta segunda-feira (22), secretários de estado, parlamentares e instituições participaram de uma reunião na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para exporem as ações desenvolvidas por cada órgão no processo de mitigação dos efeitos da seca. O formulário foi apresentado durante a reunião e será disponibilizado posteriormente pelo Governo do Estado.
O secretário de Planejamento do Piauí, Washington Bonfim, disse que 19 municípios estão em situação crítica e que subiu para 31 o número de cidades atendidas pelo Exército Brasileiro com a operação carro-pipa. Agora, conforme o secretário, os municípios contarão com o incremento de mais veículos para o abastecimento à zona Rural.
“O prefeito vai acionar a Microrregião de Água e Esgoto. É um formulário que a gente vai apresentar aqui. É um atendimento muito semelhante ao do Exército. O que muda? A própria Águas do Piauí tem os seus caminhões-pipas. Então, ela vai oferecer a água potável”, disse.

O presidente da Águas do Piauí, Guilherme Dias, disse que a empresa disponibilizou seis Estações Móveis de Tratamento de Água (ETA), sendo duas em Marcolândia e uma em Fartura do Piauí. Além disso, o presidente informou que a concessionária irá antecipar a aplicação de R$ 20 milhões para garantir o abastecimento às cidades afetadas.
“O ponto de partida será de fato o documento enviado pela prefeitura à MRAE. Depois, tem todo o rito até ser feito o abastecimento à zona Rural, que é aquela destinação prevista em contrato de R$ 20 milhões por ano. Por solicitação da Agrespi, está sendo antecipado o que seria utilizado nos próximos 12 meses por conta do momento intenso da seca”, disse.
Para o deputado estadual Gustavo Neiva (Progressistas), falta vontade política do governador Rafael Fonteles (PT-PI) para solucionar a problemática da seca no estado. Ele ressaltou que as operações de crédito pretendidas pelo Poder Executivo poderiam ser investidas para resolver o abastecimento.
“O próprio governador disse em São Raimundo Nonato que a resolução desse problema custaria cerca de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. Para a nossa alegria, o governo também anuncia nesta semana que o ministro Haddad está liberando R$ 3 bilhões para o estado do Piauí em empréstimos. Então, tem a faca e o queijo na mão para resolver a seca. O que está faltando? Determinação política”, concluiu.
Emergência pela seca
O governador Rafael Fonteles prorrogou o decreto de emergência pela seca em 129 municípios do estado por mais 90 dias e a perfuração de 63 novos poços tubulares. Até o momento, 75 cidades piauienses estão em situação de seca severa com o regime irregular de chuvas.
O decreto de emergência permite que os municípios recebam ações da Defesa Civil, para adoção das medidas necessárias à restauração da normalidade, além de contratações de carros-pipas e cestas básicas à população. A primeira situação de emergência entrou em vigor no dia 2 de abril.
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