
O Governo do Brasil iniciou as tratativas para garantir o acesso ao fomepizol, medicamento usado como antídoto em casos de envenenamentos por metanol. O remédio não está disponível no mercado nacional e, diante da urgência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades reguladoras de diferentes países para viabilizar a importação.
Entre os órgãos contatados estão a FDA (Estados Unidos), a EMA (União Europeia) e as agências de Canadá, Reino Unido, Japão, China, Argentina, México, Suíça e Austrália. O objetivo é acelerar os trâmites para trazer o produto ao país e ampliar as opções de tratamento em hospitais.
O Ministério da Saúde atualizou para 11 o número de casos confirmados de contaminação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. De acordo com a pasta, há outras 48 notificações de casos suspeitos.
O balanço foi apresentado pelo ministro Alexandre Padilha, em entrevista à imprensa na Sala de Situação, instalada pelo governo para monitorar os casos e coordenar as medidas de resposta.
Edital de chamamento
O fomepizol é considerado o tratamento de referência contra o metanol porque age bloqueando a transformação da substância em metabólitos tóxicos, responsáveis por danos graves ao sistema nervoso e ao fígado.
Sem ele, os serviços de saúde precisam recorrer a alternativas, como o uso controlado de etanol grau farmacêutico, que pode retardar o efeito do veneno, mas não é tão seguro nem eficaz.
Para garantir o fornecimento imediato, a Agência também publicou um edital de chamamento internacional em busca de fabricantes e distribuidores com estoque disponível. A medida foi tomada após pedido de urgência do Ministério da Saúde.
Fontes: g1 e Agência Brasil.
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