16 de outubro de 2025

Dois ex-vereadores teriam lavado dinheiro com contratos na Prefeitura de Teresina, diz polícia

A investigação apura movimentações financeiras milionárias e suspeitas de lavagem de dinheiro.
Repórter
Publicado há 2 dias
Avatar de usuário

Alysson Camurça

Repórter

Compartilhe:

Coletiva de imprensa (Foto: Sthefany Prado)

Dois ex-vereadores de Teresina são investigados na Operação Interpostos, realizada nesta terça-feira (14), pelo Departamento de Combate à Corrupção (Deccor). A ação policial apura movimentações financeiras milionárias e suspeitas de lavagem de dinheiro em contratos com órgãos públicos e empresas privada da Prefeitura de Teresina.

Entre os nomes confirmados na investigação está Stanley Freire, ex-presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa. Ele também chegou a ser vereador de Teresina. O outro político investigado não teve a identidade divulgada pela polícia.

O advogado do investigado, Deomar Fonseca, disse que todos os documentos que comprovam a licitude das movimentações financeiras já foram entregues para o Deccor. Ele também destaca que alguns documentos e aparelhos foram apreendidos, mas que nada de ilícito deve ser encontrado.

Conforme a delegada Bernadete Santana, que conduz as investigações, as apurações começaram após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar transações atípicas feitas pelos investigados.

“São vultosos valores que estavam sendo transacionados, principalmente entre dois ex-parlamentares envolvidos, sendo que um deles movimentou só no ano de 2022 cerca de R$ 5,2 milhões, e entre 2020 e 2023 a quantia de R$ 14 milhões”, disse.

O investigado, que é empresário, teria usado terceiros para assinar contratos com órgãos públicos e empresas privadas, segundo a Polícia Civil. A estratégia seria ocultar sua participação nos negócios.

“Ele figurava apenas como sócio oculto dessa empresa, possivelmente para dissimular o patrimônio”, afirmou a delegada.

A operação teve como objetivo reunir novas provas e avançar nas investigações. “A operação de hoje foi justamente para diligenciar in loco, para ter mais provas e entender um pouco sobre esse esquema criminoso”, explicou a delegada.

OPERAÇÃO GABINETE DE OURO

Também nesta terça (14), foi deflagrado a Operação Gabinete de Ouro contra ex-servidores alvos da operação da Polícia Civil, deflagrada na manhã desta terça-feira (14), que investiga supostos atos de corrupção na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD).

Ex-prefeito Dr. Pessoa e ex-assessora, Sol Pessoa (Foto: Reprodução)

Segundo o delegado Ferdinando Martins, quatro pessoas foram presas temporariamente, incluindo Sol Pessoa, sendo a secretária imediata da Prefeitura de Teresina e era a responsável por auxiliar diretamente Dr. Pessoa em seu gabinete.

“Os fatos ficaram bem demostrados envolvendo a servidora pública, então chefe de gabinete, que centralizava todos os pagamentos; tinha toda gestão sobre todas as lotações, todas as pastas; inclusive sobre salários de alguns servidores comissionados, na típica ‘rachadinha’”, explicou o delegado.

Ferdinando Martins pontuou que a operação de hoje foi um trabalho inicial da investigação, que continuará com mais diligências.

“Hoje conseguimos sequestrar alguns veículos, apreender bens e comprovar algumas situações. Quatro indivíduos presos temporariamente. As diligências vão seguir para analisar depoimento e material apreendidos”.

LEIA MAIS:

Silvio pede punição aos ex-servidores investigados em operação da polícia: “devolvam o que pertence a todos”

Ex-secretaria imediata do Dr. Pessoa tinha total controle sobre pagamentos e lotação de servidores, diz delegado


📲 Siga o Portal ClubeNews no Instagram e no Facebook.

Envie sua sugestão de pauta para nosso WhatsApp e entre no nosso Canal.
Confira as últimas notícias: clique aqui! 

Leia também: