16 de outubro de 2025

Piauí ocupa o 3º lugar no ranking nacional de insegurança alimentar, aponta IBGE

O relatório aponta que cerca de 454 mil domicílios piauienses encontravam-se com algum grau de insegurança alimentar.
Repórter
Publicado há 2 dias

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O Piauí ocupa o 3º lugar no ranking nacional de insegurança alimentar, de acordo com levamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta terça-feira (14). Os dados são referentes ao ano de 2024 e foram obtidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC).

O relatório aponta que cerca de 454 mil domicílios piauienses encontravam-se com algum grau de insegurança alimentar. Comparado a 2023, houve uma redução de 24 mil domicílios, quando foi registrado um total de 478 mil. A diferença equivale a 2,6%, saindo de 41,9% no início do período analisado para 39,3% no ano passado.

Insegurança alimentar é a falta de acesso regular a alimentos adequados, que pode variar em gravidade. Em 2024. Essa situação é classificada em três níveis: leve (preocupação em ter alimentos), moderada (falta de qualidade e quantidade) e grave (fome). 

A redução dos números foi percebida em todos os níveis de insegurança alimentar entre 2023 e 2024:

  • Nível leve: de 27,7% para 27,3%
  • Nível moderado: de 8,8% para 8,1%
  • Nível grave: de 5,4% para 4,0%

Quanto ao nível grave, aproximamente 46 mil domicílios encontram-se nessa situação, atingindo tanto adultos como crianças e adolescentes.

Acima do Piauí no ranking estão apenas o Pará (44,6%) e Roraima (43,6%), enquanto as menores taxas foram oberservadas em Santa Catarina (9,4%), Espírito Santo (13,5%) e Rio Grande do Sul (14,8%). Ao todo, o Brasil registrou um índice de insegurança alimentar de 24,2% em 2024, alcançando 18,9 milhões de residências.

O número representa uma melhora de 3,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando a insegurança alimentar alcançou 21,1 milhões de unidades domiciliares. Já a proporção de domicílios em segurança alimentar aumentou de 58,1% para 60,7% no estado.

Cerca 82 mil piauienses saíram da insegurança alimentar em 2024

A pesquisa apontou ainda que o estado teve 41,5% de sua população afetada com a insegurança alimentar no ano passado, uma queda de 2,6 pontos percentuais em relação a 2023, quando foi registrado 44,1%. Isso significa que em 2024 havia 1,4 milhão de piauienses afetados pelo problema.

Comparado a 2023, a redução foi de 82 mil pessoas que estavam nessa situação. Segundo o levantamento, a maior quantidade de pessoas afetadas pela insegurança alimentar no mesmo ano foi identificada em São Paulo (9,2 milhões), Bahia (5,8 milhões) e Minas Gerais (4,4 milhões). Os menores quantitativos, por outro lado, foram no Acre (232 mil), Amapá (291 mil) e Roraima (299 mil).

Entre as regiões, o Nordeste possuía o maior número de pessoas vivendo nessa condição, totalizando 20,7 milhões de indivíduos. Em 2023, eram 23,2 milhões. A estatística indicam a redução de 40,8% para 36,4% da proporcionalidade da população afetada pela insegurança alimentar, uma queda de 4,4 pontos percentuais.

Foto: IBGE

Piauí teve redução de pessoas em situação de insegurança alimentar grave em 2024

De acordo com o IBGE, cerca de 53 mil piauienses saíram da situação de insegurança alimentar grave. Apesar disso, 112 mil pessoas no estado ainda são acometidas pelo problema. No quadro geral, 30,1% da população do estado vivia em situação de insegurança alimentar leve (1,01 milhão de moradores de domicílios), 8,1% moderado (274 mil pessoas) e 3,3% grave (112 mil indivíduos).

A pesquisa destacou ainda a redução da insegurança alimentar no Piauí em todos os níveis:

  • Níível leve: de 30,4% para 30,1%;
  • Nível moderado: de 8,7% para 8,1%;
  • Nível grave: de 4,9% para 3,3%.

Os estados brasileiros com maiores índices de pessoas afetadas pela insegurança alimentar grave estão no Norte do país: Amapá (10,2% da população), Amazonas (8%) e Pará (7,1%). Já os menores percentuais foram percebidos em Santa Catarina (1,2% dos moradores), Espírito Santo (1,4%) e Rio Grande do Sul (1,6%).

Foto: IBGE


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