Nesta segunda-feira (10), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, que alerta para a importância do diagnóstico precoce, dos cuidados com a audição e dos impactos da perda auditiva ao longo da vida.
Mais de 5 milhões de brasileiros têm algum grau de surdez. A fonoaudióloga Méssia Bandeira explicou, em entrevista à TV Clube, que os cuidados com a audição devem começar logo após o nascimento.
“Quando o bebê nasce, ele deve ser submetido ao teste da orelhinha. Esse exame mostra se a criança escuta ou não. Caso seja detectada alguma alteração, ela entra em um protocolo para diagnóstico e indicação de tratamento, que pode incluir o uso de aparelhos auditivos ou o implante coclear”, explicou Méssia.
Segundo a especialista, mesmo sem cura, a perda auditiva pode ser tratada com métodos que estimulam a audição e ajudam no desenvolvimento da fala e da linguagem. Isso facilita a inclusão da criança na escola e na vida social.
Cuidados em todas as fases da vida
A audição pode ser afetada em qualquer idade. As causas vão desde infecções e fatores genéticos até a exposição prolongada a sons muito altos, principal motivo de perda auditiva, segundo especialistas.
“Hoje, jovens e adultos usam muito fone de ouvido em volume alto e por muito tempo. Isso, com o tempo, pode causar uma perda auditiva irreversível. É preciso reduzir a intensidade e o tempo de uso”, alertou Méssia.
A fonoaudióloga também destacou a importância de exames auditivos regulares em idosos. “O envelhecimento pode trazer perdas naturais, e o diagnóstico precoce permite iniciar o processo de reabilitação com aparelhos auditivos ou implantes, que são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou.

Alguns sinais indicam que é hora de procurar um especialista:
- zumbido nos ouvidos;
- tontura ou desequilíbrio;
- dificuldade para entender conversas;
- necessidade de aumentar o volume da TV ou do rádio.
“Esses sinais não devem ser ignorados. O ouvido também é responsável pelo equilíbrio, e sintomas como tontura e zumbido podem indicar uma perda auditiva em andamento”, reforçou a fonoaudióloga.
A especialista lembrou que a surdez também pode ter origem genética. Por isso, o acompanhamento é essencial em famílias com histórico da condição.
“Se há casos de perda auditiva na família — avós, pais ou irmãos — é essencial realizar exames preventivos. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida”, concluiu Méssia Bandeira.
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