
O secretário de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), Chico Lucas, disse que reconhecer as facções criminosas do Brasil como grupos terroristas seria a “alternativa mais inviável” para combater o avanço da violência no país.
O debate sobre a Segurança Pública do país voltou ao foco nacional após a megaoperação no estado do Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos no mês de outubro, e a Operação Carbono Oculto 86, que resultou na interdição de 49 postos de combustíveis, sendo 20 deles em Teresina (PI).
Na Câmara dos Deputados, o Partido Liberal insiste em votar a proposta que inclui as organizações criminosas na lei que tipifica o terrorismo. O projeto de lei – conhecido como PL Antifacção – está sob relatoria do deputado federal, Guilherme Derrite (PP-SC).
Em entrevista ao Portal ClubeNews, nesta sexta-feira (14), o secretário Chico Lucas disse que o debate sobre o assunto foi politizado e teceu críticas ao governador do estado do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
“Ele (Ronaldo Caiado) tem que se decidir se é a favor ou contra a autonomia dos estados. Isso mostra que ele está politizando o debate com um tema sério e que merece atenção, coerência, serenidade e um debate que ajude a população, não um palanque eleitoral em cima de sangue e de morte”, declarou.
Outra medida que tramita na Câmara dos Deputados é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. O texto, que possui o objetivo de integrar as forças de segurança pública do Brasil, ainda não detém o consenso entre os governadores do país.
“A PEC é muito importante porque constitucionaliza o Fundo de Segurança e o PL Antifacção cria penas para esse crime, que traz um domínio estruturado de territórios. Aqui, felizmente, a gente consegue controlar. Se o PL for aprovado, nós vamos ter mais instrumentos para combater esse tipo de crime”, disse.
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