Há alguns dias a Fundação Municipal de Saúde (FMS) fez uma alerta incluindo o calor extremo como um fator de risco para as grávidas durante o pré-natal em Teresina.

Vivemos um momento em que muito se fala em aquecimento global, elevação de temperatura com suas consequências que afetam a humanidade em escala global das mais diferentes formas. Especialmente na nossa região nesta época do ano, experimentamos temperaturas que afetam o bem-estar físico e emocional de todos os indivíduos, especialmente em áreas urbanas, como nossa capital e principalmente em populações menos favorecidas, com poucos recursos para driblar o calor do nosso B-R-O-BRÓ.

E as gestantes representam um subgrupo especial nesse contexto?

– SIM 

O calor extremo afeta de maneira singular as gestantes, que pela própria fisiologia natural da gestação já apresentam, temperatura corporal mais elevada do que os demais indivíduos, pelo efeito hormonal da progesterona que inunda o corpo da mulher grávida.  

O efeito do calor extremo sobre todos nós aumenta o risco de desidratação e suas consequentes alterações metabólicas que variam muito em gravidade. No corpo da gestante isto é especialmente importante, uma vez que a desidratação, entre outas desordens, aumenta a possibilidade de contrações uterinas e consequentemente o risco de parto prematuro. Além disso, o calor promove vasodilatação com tendencia a hipotensão, tontura, fraqueza, mal-estar geral e fadiga. O calor também diminui o retorno venoso e facilita o edema de membros inferiores, além de prejudicar o sono em qualidade e quantidade.

Quais cuidados devem ser recomendados à Gestante?

O primeiro e mais importante é se manter hidratada! Beber muito líquido sempre! Andar com uma garrafinha, beber água e/ou outros líquidos com eletrólitos. 

Evitar se expor diretamente ao sol principalmente nos horários de maior incidência solar, usar roupas leves que que facilitem a transpiração.

Fazer refeições leves e abusar de banhos frios para refrescar o corpo.

E por fim: Procurar auxílio médico sempre que julgar necessário, seja por contrações uterinas ou outros sintomas relacionados a mal-estar geral.

Profª Drª Simone Madeira – Ginecologista e Obstetra
CRM 1812-PI e RQE: 198