O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, disse que o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é delicado e que “ele está sofrendo demais”.

Valdemar da Costa Neto desembarcou em Teresina (PI), nesta quinta-feira (27), para cumprir agenda política no Piauí ao lado do presidente estadual do partido, Thiago Junqueira. No Aeroporto Petrônio Portela, na zona Norte da cidade, Valdemar foi questionado pela imprensa sobre o quadro de saúde de Bolsonaro.

O ex-presidente está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde o sábado (22). Ele teve a prisão domiciliar convertida em preventiva por tentativa de violação à tornozeleira eletrônica.

“Muito difícil o que ele está passando. Ele tem um problema sério de saúde, o refluxo e o soluço, que provocam um mal-estar muito grande. O grande problema é à noite, porque isso pode causar a morte dele se não tiver gente acompanhando”, declarou Neto.

O presidente do PL se referiu ao atual momento vivido por Bolsonaro como “humilhação” para o partido. “Está sofrendo demais. Está sofrendo algo que ele nunca imaginou que iria passar na vida. É uma humilhação muito grande para o nosso partido”, completou.

Tentativa de golpe

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de estado após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar trânsito em julgado da ação. Assim, foi determinada a execução das penas dos réus.

No mês de outubro, o ministro Alexandre de Moraes determinou a reabertura das investigações contra Valdemar da Costa Neto por suposta participação na trama golpista. Questionado, ele negou qualquer intenção do grupo político de atentar contra o estado democrático de direito.

“Se houve essas discussões de golpe no Governo, eu nunca ouvi e nunca vi, e lamento que tenha tanta gente boa envolvida nisso. O golpe não chegou a ser concretizado. Você pode fazer uma tentativa de assassinato desde que não faça nada, não é crime. Eles colocaram o 8 de janeiro como tentativa de golpe”, criticou.

Apesar da situação, Valdemar da Costa Neto declarou estar tranquilo e defendeu a dosimetria das penas aos condenados nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.

“Como é que era golpe o pessoal com pedaços de pau quebrando as coisas? Esse pessoal tem que ser punido, lógico, mas aquilo não foi golpe. Golpe é com metralhadora, tanque de guerra”, disse.

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