
Milhares de peixes morreram no principal açude de São Julião, no Piauí, depois que o reservatório atingiu um dos menores níveis do ano. A água ficou imprópria para consumo e o mau cheiro incomoda moradores da região.
A morte dos peixes começou em agosto e se agravou na última semana. Desde então, moradores não conseguem pescar, e a situação piora com a redução do volume de água.
O pescador Gilvan Costa afirmou à TV Clube que não há pesca no açude e que a mortandade aumentou nos últimos dias. “Desde agosto ninguém pesca mais. Agora morreu mais do que em agosto e todo dia aparece peixe morto. É difícil para todos os moradores”, disse. Ele espera que as chuvas previstas para os próximos meses ajudem a recuperar o reservatório.
O comércio também foi afetado. Um restaurante às margens do açude teve queda de cerca de 90% no movimento de clientes. Segundo o proprietário, Kailton Cavalcante, clientes deixaram de frequentar o local devido ao mau cheiro e da aparência do açude. “Só estamos vendendo por delivery. O ambiente não está agradável para receber as pessoas”, afirmou.

Em vários pontos da margem, a água está avermelhada e há centenas de peixes mortos. O mau cheiro chega às ruas próximas.
A comerciante Gildete Lopes, que mora perto do açude, diz que o incômodo virou rotina. “Quando o vento bate, o cheiro é muito forte. Em casa a gente precisa fechar as portas para conseguir ficar”, contou.
Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente começaram a retirar os peixes mortos todos os dias. Segundo a pasta, as causas ainda são investigadas, mas a seca prolongada e o baixo nível do reservatório são fatores principais.
O secretário Júlio Gomes informou que a limpeza começou no dia 5 deste mês, mas novos peixes mortos aparecem diariamente.
“A gente monitora o açude todos os dias. A seca foi muito forte e a quantidade de peixes exige um volume de água maior. Mesmo limpando diariamente, quando amanhece já está quase do mesmo jeito. Estamos fazendo o possível para reduzir o problema”, disse.
A prefeitura acompanha a situação e diz que a recuperação do açude depende das chuvas previstas para o início do período chuvoso no estado.

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