A empresária Ana Cristina Carlos Dantas, que atua no setor da costura há 34 anos em Teresina, lançou uma iniciativa para transformar a vida de mulheres que buscam recomeços. Por meio do projeto “Fios da Esperança”, a empreendedora irá capacitar profissionalmente mulheres em situação de violência doméstica atendidas pela Casa da Mulher Brasileira.

Natural de Elesbão Veloso e radicada na capital piauiense desde a infância, Ana Cristina já possui experiência no ensino da profissão para outros especialistas do ramo. Agora, seu foco volta-se para o impacto social e o acolhimento. O objetivo central é utilizar o ofício da costura como ferramenta para reconstruir histórias e garantir autonomia financeira às participantes.

A primeira turma do projeto está programada para iniciar no dia 11 de fevereiro de 2026. Confira os detalhes do cronograma:

• Duração: o curso segue até julho de 2026.
• Vagas: oito participantes nesta fase inicial.
• Horário: quartas-feiras, das 14h às 16h.

“São 20 dias de aula, a gente tem também mais quatro sábados durante todo o curso, porque em um sábado a cada mês a gente tem duas horas de ‘tira-dúvidas’ para as alunas que faltarem ou tiverem alguma dúvida. Nós temos também em um sábado do mês palestra com pessoas do mundo da moda, como bordador, estilista falando sobre desenho estilizado”, explicou.

O projeto nasceu do desejo de ajudar a quem precisa, mas para ser executado, Ana Cristina recebe o apoio de ‘madrinhas’, que se sentiram inspiradas a transformar vidas.

“A gente quer realmente que as mulheres aprendam a costurar e aprendem fazendo roupa sob medida. O curso não é gratuito porque nós temos madrinhas para apadrinhar. Elas vão pagar as mensalidades e eu vou estar dando todo o material do curso e também o vale-transporte para as alunas”, relatou.

Para a empresária, que nasceu em uma família simples e enfrentou muitas dificuldades, a carreira no mundo da moda ganha mais sentido em oportunizar uma nova profissão e dar mais dignidade a mulheres em situação de vulnerabilidade social.

“A intenção é não só que elas tenham a profissão, mas também que elas possam dar exemplo ao seus filhos. Eu sigo muito o exemplo da minha mãe, assim como os meus filhos seguem o meu. Então, é necessário que elas possam dar exemplo, botar comida digna na mesa, muitas coisas que as mulheres hoje não têm. É bom que elas recomecem e tenham uma profissão para que tenham mais dignidade”, finalizou.