Nas vivências diárias, seja enquanto cidadã com olhar atento às demandas sociais, seja na atuação profissional, é inevitável a frequente reflexão acerca da necessidade da centralidade de ações de mobilidade para o bem-estar da população.
Apesar de não ser de vasto conhecimento público, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), criada em 2012, já previa a prioridade para o futuro das grandes cidades brasileiras: o transporte coletivo sobre o individual, e os sistemas não-motorizados sobre os motorizados, visando reduzir impactos ambientais e trazer mais racionalidade para a locomoção.
Não à toa, conexão é de fácil compreensão: discutir mobilidade urbana é pensar no transporte urbano público. A conclusão que se chega versa sobre o tratamento sistemático das políticas de mobilidade urbana, isto é, que integrem e pensem conjuntamente o planejamento, o trânsito, a regulação desse transporte, a viabilidade na distribuição das mercadorias e a construção e manutenção da infraestrutura afim etc. A idealização, entretanto, frequentemente vem de encontro ao momento crítico que atravessa o transporte coletivo, notadamente no que tange à crise financeira, que segue se agravando no país.
Felizmente, a discussão não se limita a isso, é também necessário que se preze pelos princípios norteadores das políticas públicas pertinentes, a saber, a sustentabilidade socioambiental, já que é preciso que esta esteja associada à gestão urbanística e ecológica de preservação.
Além disso, também há muito o que se discutir nas relações entre trabalhadores e empresários, afinal, essas partes são o meio de ligação entre o interesse público (a população e seus direitos) e a responsabilidade dos gestores públicos (a Prefeitura e demais representantes do Estado, sua promessas, e o que devem fazer).
Não há dúvidas, ainda mais em contexto de pandemia e dificuldades econômicas para a população, que esse tema precisa ser prioridade da agenda pública, notadamente em Teresina, mas também em todo o país!
Por fim, reitera-se a ideia de um pacto de compromisso social, vale sempre perseverar por direito à mobilidade urbana como um dos componentes do direito à cidade e qualidade de vida da população!
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