O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, acredita que até dezembro de 2021 toda a população adulta de Teresina estará vacinada com as duas doses da vacina contra a Covid-19. A expectativa é de iniciar a primeira dose das pessoas com mais de 18 anos nos próximos 15 dias. Atualmente, Teresina vacina a faixa acima de 25 anos.
Gilberto Albuquerque explica que essa programação deverá ser cumprida após o Ministério da Saúde reconhecer que a quantidade enviada ao município não correspondia mais a realidade populacional local, ou seja, a cidade recebia quantia insuficiente para imunizar os moradores.
Nesta semana, a FMS recebeu o maior quantidade de doses desde o início da campanha vacinal, na casa das 50 mil doses, permitindo ampliar a faixa etária para a partir de 25 anos. A FMS chegou a enviar mais de um ofício ao Ministério da Saúde solicitando doses extras; o ideal seria pelo menos 40 mil doses semanais. A FMS recebia uma média de 15 mil doses por semana.
“O Ministério da Saúde reconheceu que o critério usado pelo censo (demográfico) em 2010 não atende mais a realidade atual, as cidades mudaram sua população nos últimos 10 anos. Essa semana nós recebemos a maior quantidade de todos recebidas em uma semana, foram 50 mil doses; isso permitiu que avançar até 25 anos. Nos próximos dias 15, chegaremos a 18 anos, sendo assim, em 90 dias faremos a segunda dose. Portanto, pela programão atual, até 15 de dezembro (teremos a população adulta) com as duas doses”.
O gestor ressalta que os estados do Norte e Nordeste foram prejudicados na distribuição das vacinas com o critério de faixa etária por meio do Censo Demográfico 2010. “O Ministério da Saúde se comprometeu a repor essa defasagem”. Ele conta que a FMS conta com o apoio do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal para aumentar o número de doses para Teresina junto ao Ministério da Saúde.
O que diz o ministro
A previsão acontece em decorrência da aceleração do Programa Nacional de Imunização (PNI) e da entrega antecipada de doses pelos institutos nacionais e por laboratórios internacionais.A logística de distribuição de doses entre estados e municípios após as entregas feitas do governo federal – além da distribuição proporcional de doses em relação aos grupos prioritários de cada região – são os principais motivos pelos quais há atrasos nas entregas de vacina, explicou Queiroga.
“Hoje, a distribuição é feita pelo critério de faixa etária. Estamos procurando corrigir essas pequenas distorções entre os estados para que a campanha continue de maneira homogênea”, esclareceu o ministro.
