6 de julho de 2025

Saúde confirma defasagem de 51 mil vacinas e que compensará doses

Kelvyn Coutinho

Publicado em 14/09/2021 10:49

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Vacina Covid – Foto: Myke Sena/MS

O Ministério da Saúde admitiu que enviou doses a menos de vacinas contra a Covid-19 para o Piauí. Este reconhecimento aconteceu em resposta a um ofício do Ministério Público Federal (MPF) que pediu, ainda em agosto, informações sobre a quantidade de doses serem insuficientes para o estado. A pasta afirmou que já está fazendo a compensação e que a defasagem era de mais de 51 mil doses, mas que até quarta-feira (15) as doses seriam equiparadas.

Em entrevista ao portal ClubeNews, a vice-presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado do Piauí (Cosems-PI), Leopoldina Cipriano, declarou que a defasagem de doses atrasou a imunização no estado, principalmente, nas cidades mais populosas.

“Se as doses tivessem sido equiparadas à população dos estados, nós poderíamos estar 15 dias adiantados com a vacinação dos maiores de 18 anos e já estarmos vacinando pessoas menores de 17 com comorbidades”, disse.

O autor do ofício enviado ao Ministério da Saúde, procurador regional dos Direitos do Cidadão, Kelston Pinheiro Lages, solicitou providências para compensar os estados que receberam um menor número de vacinas em relação às suas populações, dentre eles o Piauí, que recebeu pouco mais de 70% das doses a que teria direito.

Segundo a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, até o dia 2 de setembro, foram enviadas ao Piauí 3.531.396 doses de vacinas, sendo 2.025.421 para primeira dose, 1.377.409 para segunda dose e 49.800 para dose única.

Contando que a projeção feita pela pasta da população vacinável acima de 18 anos é de 2.383.425 habitantes, o Ministério da Saúde concluiu que serão enviadas 51.766 doses, que deverão ser entregues até o dia 15 de setembro, para compensar a defasagem ocorrida no início da campanha nacional de vacinação.

No ofício, o representante do MPF também solicitou informações sobre a metodologia utilizada pelo órgão para calcular as doses a serem enviadas aos estados.

A secretária Rosana Leite informou que o critério utilizado era referente à população dos grupos prioritários de cada estado, conforme inicialmente estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).

No entanto, a partir de discussões realizadas pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, CONASS e CONASSEMS – considerando a imunização desses grupos – decidiu que o novo critério obedece os dados populacionais por idade, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2020, além dos dados extraídos do sistema SIES, com apresentação nos painéis disponíveis no LOCALIZASUS, com a disponibilização das vacinas para 2ª dose sendo baseadas no histórico de envio de imunizantes para 1ª dose.

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