
Jonas Carvalho
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Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina paralisaram as atividades, na manhã desta terça-feira (05), reivindicando melhores condições trabalho e o pagamento integral dos salários. Os trabalhadores formaram uma fila de ônibus, na rua Areolino de Abreu, no Centro da cidade. Os usuários precisaram descer dos veículos e seguir o resto do percurso à pé.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) informou que os motoristas estão recebendo por dia de trabalho, chegando a R$ 70. Já os cobradores têm o valor reduzido, com diária de até R$ 40.
“Esse protesto é pelo retorno da dignidade. Estamos há dois anos sem convenção, recebendo diárias. Cerca de 60% da categoria foi demitida desde o início da crise do transporte público, que iniciou em maio de 2019”, declarou o presidente do Sintetro, Ajuri Dias.
Muitos trabalhadores já chegaram a receber menos de um salário mínimo por mês, que, atualmente, está em R$1.100. Alguns motoristas e cobradores recebem a ajuda de familiares para conseguir pagar contas básicas, como a de supermercado, água e luz. O sindicato já denunciou que alguns trabalhadores chegaram a receber salário mensal inferior a R$ 500.
Já o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) lamentou a paralisação e destacou que o transporte nacional sofre dificuldades de manutenção desde o início da pandemia da Covid-19. O Setut cobrou o “aporte financeiro” por parte do Executivo Municipal.
“O sistema não tem se sustentado com o arrecadado, e que a falta de aporte financeiro pela Prefeitura de Teresina, conforme firmado legalmente em contrato, tem provocado fortes impactos no setor e desequilíbrio para funcionamento do transporte público”, declarou o Setut em nota enviada à imprensa.

Reunião com PGM
Na segunda-feira (04), ocorreu uma nova reunião entre os representantes da Procuradoria Geral do Município e Consórcio SITT (Sistema Integrado de Transporte de Teresina) para discutir uma solução à crise do transporte coletivo da Capital, que se arrasta há mais de 500 dias.
O Consórcio SITT informou que, na última sexta-feira (1º), a Prefeitura de Teresina inseriu novos termos na minuta de acordo, que vinha sendo negociada há mais de 40 dias, adiando ainda mais uma solução final para o problema que se agrava na cidade.
O Sistema Integrado de Transportes de Teresina (SITT) se pronunciou sobre o assunto. Por meio de nota, o SITT informou que “estão realizando diálogos acerca das tratativas para solucionar os problemas” e que vão solucionar o impasse “através do diálogo”.
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