Um grupo de representantes dos motoristas de aplicativos de Teresina interditou as duas vias da Avenida Marechal Castelo Branco, em frente à Assembleia Legislativa do Piauí, na manhã desta quinta-feira (14). Os manifestantes protestavam contra os aumentos de preço da gasolina no Piauí.
De acordo com informações da Polícia Militar, eles prometeram liberar as vias em 5 minutos e não saíram do local. Houve confusão no local e a PM precisou conter os manifestantes.
Enquanto isso, dentro da Alepi, era realizada uma audiência pública para tratar da cobrança do ICMS – imposto estadual que incide no cálculo do preço dos combustíveis. O evento foi proposto na Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa.
A manifestação causou congestionamento tanto na Avenida Marechal Castelo Branco quanto em vias do entorno da Assembleia Legislativa.
Confusão
Um dos organizadores do manifesto, o motorista de aplicativo Kempes Araújo, de 36 anos, disse que foi agredido por um dos policiais militares que fazia o controle do trânsito no local. De acordo com ele, a ação foi truculenta e será realizada uma denúncia formal junto à Corregedoria da Polícia Militar.
“Ao me aproximar, o solado veio para cima de mim, não me dirigiu a palavra. Ele empurrou e estava mandando eu sair da via. Eu perguntei pra ele com qual direito ele poderia dizer para eu sair da via pública e ele continuou me empurrando e me agredindo”, denunciou o manifestante.
De acordo com a comandante da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (CipTran), major Ayla, a PM não foi comunicada sobre o protesto e que passava pela região quando se deparou com o caso.
“Estamos aqui independente disso para manter a ordem pública e o nosso papel como policial militar é fazer com que todos tenham direito de ir e vir, mas respeitando o direito de manifestação dos cidadãos. Todos nós temos direito de nos manifestar, respeitando o direito de ir e vir”, explicou.
Sobre a denúncia junto à Corregedoria da Polícia Militar acerca do possível caso de agressão, a major disse que o manifestante está em seu direito como cidadão e que o órgão atuará dentro da “legalidade” para apurar o caso.
“É um direito dele. Se ele se sentiu agredido, ele poder ir à Corregedoria sim. É o papel dele e com certeza a Corregedoria irá resolver essa situação da melhor forma possível dentro da legalidade”, finalizou.
Longas filas
Muitos consumidores teresinenses madrugaram em filas próximas aos postos de gasolina participantes da campanha “Dia Livre de Impostos” promovida pelo Sindicato dos Postos de Combustíveis do Piauí (Sindipostos/PI). São cinco postos na capital vendendo o litro de gasolina por R$ 3,50 nesta quinta-feira (14). O objetivo é mostrar a quantidade de tributos que o consumidor paga no produto.
