6 de julho de 2025

Setut prevê frota de 200 ônibus e pagamento de salários atrasados

Kelvyn Coutinho

Publicado em 14/10/2021 18:55

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O coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, afirmou que as empresas trabalham para que a frota de 200 ônibus esteja em circulação ainda nesta semana. (Foto: Jonas Carvalho/ClubeNews)

Kelvyn Coutinho e Jonas Carvalho
kelvyn@tvclube.com.br

Apesar da assinatura e homologação do contrato entre a Prefeitura de Teresina e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) na semana passada e da promessa de que 200 ônibus estariam nas ruas já na segunda-feira (11), o teresinense que depende de transporte coletivo ainda enfrentou problemas para se locomover ao longo da semana.

De acordo com o coordenador técnico do Setut, Vinícius Rufino, a frota de 200 veículos ainda não estava em circulação devido a um impasse em relação aos pagamentos que o poder público teria que repassar aos empresários, já que os recursos foram depositados apenas para dois dos consórcios que operam na capital.

“A frota está sendo retomada, a gente estava com a dependência da conclusão do pagamento, já foi resolvida essa parte, e estamos agora no processo de reinserção desses veículos, de colocar em operação a frota determinada pela Strans. Hoje, na prática, não temos como precisar quantos [ônibus] têm, mas ontem a gente já tinha perto de 180, então já estamos chegando nos 200, até o final da semana a gente vai estar com essa frota toda em operação”, afirmou o coordenador.

Sobre um prazo para que a frota de 200 veículos esteja nas ruas, Vinícius Rufino informou que as empresas estão trabalhando para que isso seja resolvido ainda no começo da semana que vem, mas que o incremento da frota deve ser realizado pensando na demanda de passageiros, destacando que o momento de pandemia ainda não possibilita o retorno de 100% dos ônibus.

“Dentro do que está determinado pelo órgão gestor, pela ordem de serviço da Strans, a gente já está trabalhando para estar com isso pronto no mais tardar no início da semana que vem”.

“É um incremento de 40%, talvez um pouco mais do que isso, do que estava em operação dentro do que era possível. É importante sempre frisar que quem determina a frota a ser operada é o órgão gestor, e é preciso que seja avaliada também a questão da demanda, de qualquer modo nós ainda estamos no momento de pandemia, não temos um retorno de 100% das atividades e ao mesmo tempo a demanda está sendo retomada, mas de uma maneira muito lenta, então é preciso que se avalie isso com muito cuidado. Mas nós estamos colocando em operação a frota que foi determinada pelo órgão gestor”, disse o coordenador.

Trabalhadores cobram salários atrasados

Segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro), não houve acordo na reunião feita com o Setut na última terça-feira (12), já que os empresários não concordaram em assinar a convenção coletiva da categoria. Após a reunião, os motoristas e cobradores afirmaram que não descartam novas paralisações e até movimento de greve.

Questionado se haverá uma solução rápida para a questão, Vinícius Rufino afirmou que os pagamentos dos trabalhadores serão feitos conforme as parcelas do acordo com a prefeitura vão sendo pagas.

“Dois consórcios receberam já a 1ª parcela no começo da semana, de ontem para hoje já foi concluída essa questão com os outros dois consórcios e agora já estamos no trâmite de concluir esse incremento da frota. Isso já é um fato. Toda essa questão de salários atrasados já vai ser resolvida ao longo do pagamento dessas primeiras parcelas, já que essa 1ª foi dividida em três vezes. Então ao longo dos pagamentos vai ser resolvida a questão dos salários atrasados”, declarou o representante das empresas.

O coordenador técnico do Setut comentou ainda que não sabe precisar uma data para que esses pagamentos sejam feitos, já que é uma decisão individual de cada empresa que atua no transporte coletivo.

“Essa é uma questão individual de cada empresa, de cada consórcio, nós não temos, como entidade congregadora, como falar especificamente por cada consórcio. Mas o fato é que já está sendo trabalhado essa questão para resolver esses pagamentos que estavam em aberto”, disse.

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