Inúmeras pesquisas mostram que ficar preso à pensamentos, sentimentos e comportamentos fixos fazem com que você seja uma pessoa mais negativa e tenha dificuldade em cumprir metas e se relacionar com outras pessoas.
Quando se fala em rigidez emocional, se fala naquelas pessoas que aprenderam algo em determinado momento e pronto, essa é a forma que ele vai querer resolver tudo a partir de então. Rigidez é o contrário de flexibilidade, de adaptação, de mudança, comportamentos tão essenciais no mundo hoje. Ser flexível é estar aberto ao novo; novos conceitos, novos conhecimentos, novas formas de pensar e de fazer. A flexibilidade e/ou adaptação fazem parte da evolução da natureza, como as estações do ano, tempo de colher, de plantar, de verão, de inverno, da primavera, do outono.
Um pensamento fixo te impede de crescer, de aprender com o novo e assim também são com as nossas emoções e comportamentos. Se você é exatamente a mesma pessoa que era há dez anos algo não está certo porque pela lei natural da evolução você deveria ter aprendido algo diferente nesse caminho.
A primeira forma de identificar uma pessoa rígida emocionalmente é ficar atento à comunicação dela, como essa pessoa fala diz muito sobre o que ela pensa, sente e se comporta, quais suas visões de mundo, crenças e modelos a seguir.
Para um rígido emocional as seguintes frases são comuns de serem faladas: “sempre digo a coisa errada”, “não é possível confiar nas pessoas”, “eu não posso falhar”. Essas frases demonstram o quanto a pessoa acredita que o aprendizado é algo estático, como se a pessoa já nascesse sabendo, uns têm talentos e habilidades e pronto quem não tem nem adianta o esforço para mudar.
No dia a dia a rigidez emocional te apresenta uma única maneira de fazer, te dá uma única perspectiva e isso vai te limitar com certeza. Ser rígido emocional é enxergar o mundo com lentes negativas; de julgamento, de comparação e de perfeccionismo. O foco da pessoa é sempre no que o outro faz, no que o outro tem e no que o outro é. Nunca o foco é nele mesmo e no quanto ele evoluiu ao longo do tempo, no que ele aprendeu, errou, acertou, cresceu, se desenvolveu. O rígido emocional tem dificuldade de perdoar a si mesmo, de se aceitar e de olhar para frente.
Dessa forma, cumprir metas e ter relações saudáveis com outras pessoas em ambientes profissionais ou pessoais é uma tarefa desafiadora para quem incorpora esse traço de inflexibilidade. Como vai conviver bem com outras pessoas que pensam e agem diferente se a única opção de escolha entendida como correta é a dele mesmo? A única forma correta de fazer é a dele? Isso torna as relações sufocantes tanto para o rígido quanto para quem o cerca.
E para mudar é preciso se fazer algumas perguntas. Primeira pergunta: a forma como você se comporta está funcionando? Para um rígido emocional, geralmente a resposta é não, não funciona, a pessoa vive em constantes conflitos, demandas e intrigas com os que pensam e agem diferente, criando, muitas vezes, um ambiente insuportável.
Segunda pergunta: quando você erra o que você faz? Para quem é flexível, errar faz parte do aprender, o rígido emocional nega o erro, pode até colocar a culpa em outras pessoas, nega porque deseja aparentar perfeição e negando ele perde uma excelente oportunidade de crescer com os erros, de entender que só erra quem coloca seu nome na arena da vida, só erra quem faz, quem se coloca em ação. E a terceira pergunta: quem está no controle? O pensador ou o pensamento? No caso do rígido emocional, a resposta é clara, o pensamento. É aquilo que ele pensa que domina a situação, como se o pensamento fosse fixo e não pudesse ser modificado diante das situações.
O rígido emocional acredita que o mundo é apenas da forma que ele percebe e com isso ele sofre e faz sofrer, sente dor e provoca dores.
Para mudar é preciso investir em ser você mesmo e não uma versão desesperada de outra pessoa, tenha os seus motivos, os seus valores, aprender a enxergar o mundo com uma visão mais ampla, a ver as situações sob o ponto de vista das outras pessoas e aumentar os níveis de tolerância e de gentileza.
Só não falha, não erra, não quer mudar e não tem medo quem já morreu.
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