“É uma dor de cabeça ir atrás de ônibus”, diz o representante comercial, Roberto Wagner, sobre depender do transporte coletivo para se deslocar por Teresina, desde o início desse ano, quando agravou a crise no transporte e o impasse entre a Prefeitura Municipal, empresários, motoristas e cobradores.
Olhar para a rua com a esperança de um ônibus surgir virou a rotina dos moradores de Teresina, que dependem desse transporte para se deslocar pela cidade. Nesta sexta-feira (22), mais uma vez muitos passageiros ficaram horas e horas à espera do veículo já que, além da crise no transporte envolvendo Prefeitura Municipal e empresários desde o início do ano, os motoristas e cobradores realizaram hoje mais uma paralisação em busca da assinatura da convenção coletiva.
“É um sufoco imenso. É muita irresponsabilidade do poder público. Independentemente de qualquer negociação, eu acho que a população não pode sofrer com esse tipo de coisa”, disse o passageiro.
Atualmente, Teresina conta com a frota total de 421 ônibus no sistema do Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). Desses, apenas 200 estão previstos para circular. Hoje, com a paralisação, não se sabe ao certo quantos ônibus saíram das garagens.
Em protesto pela assinatura de uma nova convenção coletiva, aumento salário e o cumprimento do horário integral de trabalho, os motoristas e cobradores pararam por algumas horas alguns ônibus – formando longas filas – na Avenida Frei Serafim, Rua Areolino de Abreu e Praça da Bandeira.
Em nota, divulgada na quinta-feira (21), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informou que “as empresas cumpriram o prazo de 72h e efetivaram o pagamento da folha dos trabalhadores”.
“Referente às questões trabalhistas com os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, as empresas já cumpriram o pagamento da folha da categoria dentro do prazo de 72 horas. A frota da ordem de serviço acordada com o ente municipal tem sido cumprida e foi toda colocada à disposição dos passageiros do transporte coletivo de Teresina”.
Para o Setut, “o Sindicato dos trabalhadores tem utilizado a não assinatura da Convenção Coletiva como pretexto e motivação para a promoção de paralisações. Importante ressaltar que a data base de assinatura de uma eventual convenção coletiva está prevista somente para janeiro de 2022”.
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