
Kelvyn Coutinho
kelvyn@tvclube.com.br
Após os trabalhadores do transporte coletivo de Teresina deflagrarem uma nova greve nessa quarta-feira (27), o teresinense vive novamente uma crise para se locomover na capital. Motoristas e cobradores reivindicam a assinatura da convenção coletiva da categoria pelas empresas do setor.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias, os profissionais têm trabalhado três vezes na semana para receber o que antes ganhavam em apenas um dia de trabalho. Ajuri afirmou ainda que a situação se arrasta há meses e muitos trabalhadores passaram a viver de doações.
“Nós só queremos a convenção para garantir a segurança do nosso trabalho, da nossa jornada de trabalho, dos nossos benefícios. Não estamos pedindo reajuste, só a nossa convenção para regulamentar nossa jornada de trabalho, o salário e os benefícios. Não podemos mais viver assim, de receber diária. Nós só queremos regular nossa situação com os empresários, que já estão recebendo os repasses. Estamos trabalhando do jeito e as horas que eles querem. Sem a convenção, não temos nada”, comentou o sindicalista.
Nesta quinta-feira (28), apenas parte da frota estabelecida pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), após a assinatura do acordo extrajudicial que findou a pendência com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), estava rodando na cidade. Devido a isso, muitas pessoas tiveram que recorrer a outros meios para se deslocar na capital.
Apesar da Prefeitura de Teresina ter cadastrado 240 veículos para atuar no transporte durante a greve dos trabalhadores, o acesso a esses veículos é restrito e a passagem só pode ser paga em dinheiro, o que dificulta o acesso para quem utiliza o cartão fornecido pelo Setut.
O metrô da capital funcionou com muito mais passageiros, mas apesar do valor da passagem ser mais atrativa do que dos ônibus – cerca de R$ 1,00 – o acesso ainda é restrito ao público da Zona Sudeste e Centro da cidade.
Strans anuncia que irá chamar novas empresas
Já existe uma minuta pronta. O documento que envolve técnicos e especialistas jurídicos para o decreto de calamidade pública, que levaria a uma situação de emergência, permitindo ao município agir sem necessidade de licitação, está em fase final, aguardando a assinatura do prefeito.
O superintendente da Strans, Cláudio Pessoa, ressalta que a rescisão com os atuais operadores é uma decisão particular do prefeito Dr. Pessoa.
“O prefeito entendeu que é necessário agora a gente assumir (o controle). Para isso, se for o caso, vai ser exarado esse decreto. Nós teremos a oportunidade de buscar alternativas para que a gente, finalmente, tenha condições de ter um transporte regularizado”, disse o superintendente.
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