7 de julho de 2025

Rua do Assalto: moradores usam placa em protesto

Thálef Santos

Publicado em 29/10/2021 19:18

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Cruzamento das ruas São João com Simplício Mendes, foi batizada por moradores de Rua do Assalto. (Foto: Thálef Santos/ ClubeNews)

Thálef Santos e Lucy Brandão
thalefsantos@tvclube.com.br

O cruzamento das ruas São João com Simplício Mendes, no Centro-Sul de Teresina, recebeu uma placa inusitada esta semana com o título “Rua do Assalto”. De acordo com os moradores da região, a placa é uma forma de chamar a atenção das autoridades para a violência e assaltos constantes no local.

  • Comércio

O comerciante da esquina, conhecido como Seu Zé, trabalha há 19 anos no local e afirma que todo dia tem assalto na rua. “Começa logo às seis horas da manhã motos rodando e assaltando o povo”, conta.

O comércio do Seu Zé já foi assaltado sete vezes nos últimos dois anos e ele conta que é constante presenciar outros atos de violência na rua, dali mesmo de onde trabalha.

  • Escola

O diretor da escola, Airton Rabelo, contou que nesta quarta-feira (27), dois indivíduos a pé, armados, roubaram o carro da mãe de um aluno da escola que fica próxima ao cruzamento. Os bandidos vinham pela Rua Simplício Mendes a pé, os dois abordaram e a retiraram a força do carro. A esposa do diretor também já teve sua bolsa roubada em frente ao colégio.

  • Moradores

Moradores afirmam que o local não tem vigilância da polícia, mesmo sendo área escolar. “O intuito da placa é chamar a atenção da imprensa para receber uma resposta da polícia. No local, devido as ondas de assaltos, existem várias residências à venda ou para alugar”, diz um morador que não quis revelar o nome.

Fredson Pessoa, trabalha a 13 anos no setor administrativo do colégio e fala sobre o caso. “Várias pessoas já foram assaltadas aqui. No horário de 5:30 da manhã até 7:30, no horário da tarde de 17:30 até 19:00 ninguém pode sair na porta de casa ou do trabalho”

“Nessa região aqui tem várias escolas e são vários alunos assaltados diariamente. Todos os dias tem assaltos nessa área, na Rua Simplício Mendes com a Rua São João. Eles aproveitam esses horários de chegada e saída de alunos, que é movimentado, pra fazer assaltos”, finaliza.

 “A gente têm que comprar dois celulares, um pro bandido e outro pra usar […], ligamos pra polícia e aparecem meia hora depois. Não tem rota da polícia aqui, nada”, indaga o porteiro.

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