
Thálef Santos e Lucy Brandão
thalefsantos@tvclube.com.br
O cruzamento das ruas São João com Simplício Mendes, no Centro-Sul de Teresina, recebeu uma placa inusitada esta semana com o título “Rua do Assalto”. De acordo com os moradores da região, a placa é uma forma de chamar a atenção das autoridades para a violência e assaltos constantes no local.
- Comércio
O comerciante da esquina, conhecido como Seu Zé, trabalha há 19 anos no local e afirma que todo dia tem assalto na rua. “Começa logo às seis horas da manhã motos rodando e assaltando o povo”, conta.
O comércio do Seu Zé já foi assaltado sete vezes nos últimos dois anos e ele conta que é constante presenciar outros atos de violência na rua, dali mesmo de onde trabalha.
- Escola
O diretor da escola, Airton Rabelo, contou que nesta quarta-feira (27), dois indivíduos a pé, armados, roubaram o carro da mãe de um aluno da escola que fica próxima ao cruzamento. Os bandidos vinham pela Rua Simplício Mendes a pé, os dois abordaram e a retiraram a força do carro. A esposa do diretor também já teve sua bolsa roubada em frente ao colégio.
- Moradores
Moradores afirmam que o local não tem vigilância da polícia, mesmo sendo área escolar. “O intuito da placa é chamar a atenção da imprensa para receber uma resposta da polícia. No local, devido as ondas de assaltos, existem várias residências à venda ou para alugar”, diz um morador que não quis revelar o nome.
Fredson Pessoa, trabalha a 13 anos no setor administrativo do colégio e fala sobre o caso. “Várias pessoas já foram assaltadas aqui. No horário de 5:30 da manhã até 7:30, no horário da tarde de 17:30 até 19:00 ninguém pode sair na porta de casa ou do trabalho”
“Nessa região aqui tem várias escolas e são vários alunos assaltados diariamente. Todos os dias tem assaltos nessa área, na Rua Simplício Mendes com a Rua São João. Eles aproveitam esses horários de chegada e saída de alunos, que é movimentado, pra fazer assaltos”, finaliza.
“A gente têm que comprar dois celulares, um pro bandido e outro pra usar […], ligamos pra polícia e aparecem meia hora depois. Não tem rota da polícia aqui, nada”, indaga o porteiro.