Uma operação da Delegacia de Segurança e Proteção ao Idoso apura mais de 100 denúncias de violência no Piauí. A delegada titular, Daniela Barros, conta que a maioria dos casos envolve o familiar da vítima como agressor; as denúncias são de violência, principalmente, no âmbito domiciliar.

“A grande maioria (dessas violências) é praticada por parentes, familiares, normalmente, dependentes químicos que coabita com o idoso. No caso, são filhos, netos. Eles exigem que o idoso dê dinheiro para a aquisição (de drogas). Isso é um fato lamentável, mas muito comum de violência”.

A delegada ressalta que as equipes policiais precisam atuar com cautela nesses casos porque envolve o social e o emocional da vítima. Existe um trabalho social e psicológico.

“O idoso quer se ver livre daquela situação, da violência, mas o agressor é um filho, um neto, é alguém que ele ama. Ao mesmo tempo que ele não quer mais viver naquela situação, ele também não deseja a prisão do agressor. É uma situação que tem que ser trabalhada com muita cautela e convencimento para que a família consiga resgatar o bem-estar do idoso”, diz a delegada.

Para acabar com esse ciclo agressivo, o tratamento dos dependentes químicos é necessário para que ele supere o vício e cesse a violência contra o idoso. “Tem caso que (a pessoa) agride (a vítima) em um final de semana, sai solto e no outro final de semana é preso novamente”.

DENÚNCIA

Disque 100

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