A cultura importa. Ela influencia padrões de comportamento, de valores, formas de pensar e de agir. Somos diariamente influenciados e até obrigados, mesmo que de forma inconsciente, a seguir padrões, a ser o que faz o outro feliz e não necessariamente faça você feliz.

Por que será que tantas pessoas sofrem na tentativa de preencher padrões, de acumular coisas, de ser o que os outros esperam delas e esquecem de quem são na verdade?

Com medo de ser julgado, de não ser amado e nem valorizado, o ser humano se submete a ser o que ele não é ou não quer. Apenas para ficar de bem com o outro. E será que isso faz você ficar de bem com você mesmo? Felicidade é sobre isso: viver em paz com quem você é de verdade.

Os padrões têm força, eles nos dizem como ser, o que ser, criam estereótipos do que é considerado normal. Agora saiba, porque “todo mundo faz assim” não significa que seja o certo. Existem muitos padrões doentios já disseminados na sociedade. Quando você escuta uma mulher dizer que  “todos os homens são iguais”, esse é um padrão de pensamento doentio. A pessoa enxerga o mundo pelas lentes dela e acredita que assim todos devem enxergar também.

Quando você segue um padrão de comportamento sem refletir você se torna uma presa emocional fácil e repete frases como: “ Eu faço desse jeito porque sempre foi assim”, “para eu ter valor e ser reconhecido preciso ter esse carro, essa roupa, essa casa…”

Nossa identidade é firmada com base em três pilares: o Ser, o Fazer e o Ter. E tem muita gente sofrendo porque não sabe a importância de distinguir cada um para o seu próprio desenvolvimento. Ser é quem você é independente das circunstâncias: alegre, educado, feliz, solidário, vem dentro de você. Fazer é o que você faz, seu cargo, seu trabalho, como passa o dia a dia e a última etapa é o Ter; bens materiais que você acumula em consequência dos outros dois pilares anteriores.

Mas numa geração doente a ordem de importância desses pilares é alterada e aí o que acontece? As pessoas querem ter o carro, a casa, o emprego, antes de desenvolverem o Ser e o Fazer. Como se acham merecedoras do Ter e não conseguem isso agora, ficam frustradas e são invadidas por um sentimento de vazio existencial. A vida perde o sentido.

Quanto mais você se apega a algo e acredita que sem aquilo não vai ser feliz ou é um fracassado, mais você sofre. Então, para aí e escuta: você não é o que você tem, você é bem maior do que isso!

 E você vai saber que tem um propósito maior na sua vida quando entender que antes de ser amado é preciso olhar para si mesmo e se perguntar: o amor já existe em mim? Eu sou capaz de amar outras pessoas?

Você já aprendeu a servir outras pessoas com excelência? Com aquilo que você tem de melhor, sem receber algo em troca por isso? O que você faria pelo outro mesmo que não recebesse nenhum centavo por isso?

E finalmente, entenda: as pessoas não são tristes, raivosas, cansadas, estressadas… elas estão assim. Elas passam por isso, nesse momento, e se é um momento você pode mudar. Creia no poder da mudança, de fazer novas escolhas e caminhar novos caminhos.

Quando uma pessoa não vê sentido na vida ela começa a querer preencher esse vazio existencial com coisas. Compra coisas e pessoas. Acumula, acumula e acumula. Preenche com tanto lixo para esconder o que realmente importa e lhe falta: amor-próprio, humildade, autoestima, paz interior.