Uma operação da Polícia Federal desarticula uma organização criminosa suspeita de sacar e fraudar empréstimos consignados em benefícios previdenciários de pessoas falecidas. Os investigados já obtiveram vantagens ilícitas no valor de pelo menos R$ 772 mil.
A Polícia Federal já identificou 68 benefícios atrelados aos investigados. Dos 68 benefícios, a investigação apurou que em 24 deles o beneficiário é uma pessoa já falecida.
A operação, que acontece em parceria com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), foi deflagrada nesta terça-feira (10). Os mandados judiciais são foram cumpridos nos municípios de Teresina (PI) e Caxias (MA).
As equipes compostas por pelo menos 44 policiais federais dão cumprimento a 17 mandados judiciais, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina. Dos 17 mandados, 10 são de busca e apreensão, cinco de prisão temporária e dois de prisão preventivas. Dos alvos, até às 8h, apenas um não tinha sido localizado.
Desses mandados, três foram cumpridos na capital piauiense (dois de prisão e um de busca e apreensão). Alguns documentos foram encontrados em uma bolsa escondida dentro de uma máquina de lavar.
“O prejuízo efetivo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), até o momento, é de mais de R$ 772 mil, enquanto que o prejuízo futuro estimado do INSS com o pagamento destes benefícios, com base na expectativa de vida do brasileiro segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seria superior a R$ 10 milhões”, acrescentou a polícia.
Em decorrência da investigação, duas contas bancárias de duas pessoas investigadas foram bloqueadas após decisão judicial. Além disso, ocorreu a suspensão judicial de 31 benefícios com fraudes comprovadas.
“Os investigados poderão responder pelos crimes de Organização Criminosa (Art. 2º da Lei 12.850/2013), Estelionato Majorado (Art. 171, § 3º do Código Penal); Falsidade Ideológica (Art. 299 do Código Penal) e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal)”.
A Polícia Federal nomeou a operação de Tambaqui porque em muitas conversas os investigados nomeavam os benéficos previdenciários com esse nome.
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