
Malu Barreto
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Os quatro mil moradores do município de Simões continuam sem abastecimento regular de água. Boa parte da cidade está a mais de dez dias sem água nas torneiras e a população está sem condições até para o trabalho.
Ronaldo Oliveira é barbeiro e diz que não tem como atender os clientes. “Não tenho como lavar um cabelo, não tem como lavar as mãos. Em plena pandemia estou deixando de trabalhar porque não tenho água”, falou.
Quase 55% da agua consumida de Simões vem do açude Salgadinha que está quase seco devido a falta de chuvas e por isso o sistema de captação da Agespisa precisou ser desligado.
O prefeito da cidade, Zé Wlisses, relatou que está com dificuldade de pegar água em carro pipa para levar para os bairros mais afetados. “Cerca de 90% dos reservatórios estão secos, não tem nem aonde deslocar carro pipa para pegar água. A solução mais perto é buscar água em Araripina que tem poços ou na barragem de Patos, cada cidade é cerca de 60km de distância de Simões”, explicou.
A população pede uma resposta do poder público. “Queremos que eles tragam água o mais rápido, tem que haver um jeito, pois precisamos trabalhar, cozinhar, lavar a roupa, tomar banho, não tem como ficar sem água”, disse o agricultor Anailton Sousa.
Carlos Augusto de Oliveira, diretor de engenharia da Agespisa disse que o órgão está recuperando o sistema da adutora Marruá para ter capacidade de atender toda a cidade, mas que está enfrentando algumas dificuldades, como a falta de energia e os desvios de água.
“A adutora Marruá em Patos é suficiente para atender Simões desde que a gente corrija alguns problemas, já corrigimos os bombeamentos mas há um outro problema muito grave que são os desvios de água na região”, finalizou.
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