Jonas Carvalho
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O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, garantiu a reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de outubro. A declaração do ministro-chefe foi concedida em entrevista ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo.
Ciro Nogueira avaliou as atuais pesquisas que mostram o ex-presidente Lula (PT) à frente de Bolsonaro. Para o ministro, a projeção deverá ser alterada no decorrer do ano e a expectativa do Palácio do Planalto é que Jair Bolsonaro seja eleito ainda no primeiro turno.
“Não tenho dúvidas [que Bolsonaro seja reeleito]. Um presidente nunca deixou de ser reeleito no país. Isso seria a quebra de uma paradigma. Acho que o sentimento hoje é que as pessoas têm o direito ao segundo mandato. A não ser que seja muito ruim o mandato”, disse.
Na avaliação de Ciro Nogueira, o primeiro mandato dos nomes que já presidiram o Brasil é historicamente inferior ao segundo. Isso, segundo ele, gabarita o atual líder nacional a renovar o mandato no executivo.
“Acho que em dois meses o presidente já vai estar empatado com o Lula, no período das convenções acredito que ele já esteja na frente e nós vamos fazer as contas para que ele ganhe no primeiro turno”, garantiu o ministro.
Relação com a mídia
Durante a entrevista, Ciro Nogueira pontuou ainda a relação estremecida entre o Palácio do Planalto e a imprensa. Para ele, Bolsonaro tem sido “massacrado” pelos veículos de comunicação em virtude da autenticidade demonstrada pelo presidente em suas declarações.
“Nunca houve um massacre tão grande da mídia contra o presidente. Vamos enfrentar isso aí. Mas acho que se o presidente mudar a sua espontaneidade, aí será um grande erro. Porque as pessoas acreditam é nele”, pontuou.
Lula de 1989
Ciro Nogueira disse que o “Lula que está vindo aí” é o mesmo que se mostrou em 1989 – derrotado por Fernando Collor de Melo no segundo turno. De acordo com ele, o ex-presidente está “aprisionado no PT”.
“O Lula que está vindo ainda não é o de 2002 e sim o de 1989. Pelas coisas que ele tem defendido, não é o de 2002. É um Lula que foi aprisionado pelo PT. Duvido que ele sente aqui para dar uma entrevista. Ele não pode sair na rua. Ele foi ao meu estado e não pôde sair na rua. O Lula de hoje está aprisionado com medo de as pessoas saberem quem está ao lado dele”, finalizou.
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