
Jonas Carvalho
jonascarvalho@tvclube.com.br
Os vereadores de Parnaíba, Taylon Oliveira e Francisco de Assis de Souza, tiveram o mandato cassado após a Justiça Eleitoral identificar a candidatura fictícia de três mulheres na chapa proporcional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) nas eleições de 2020. A denúncia foi realizada pela comissão provisória do Podemos de Parnaíba.
Segundo a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do município, a legenda cumpriu o percentual mínimo de 30% de mulheres na composição da chapa, no entanto, foi comprovado que as candidatas Maria José Rocha, Maria do Livramento e Maria do Socorro não fizeram campanha no período previsto.
Isso porque, com relação a essas candidatas, “não foram encontrados impressos, santinhos para panfletagem, papeis e adesivos para bens particulares, adesivos para veículos, anúncios em jornais etc, nem foi encontrado seu perfil nas redes sociais Facebook e Instagram”.
Além disso, de acordo com as investigações, as candidatas Maria José e Maria do Livramento não tiveram nenhum voto em suas respectivas zonas eleitorais. No total, as três mulheres obtiveram somente sete votos.
Justificativa
Maria José alegou estar grávida no período da campanha e ter, consequentemente, desistido de concorrer ao pleito. No entanto, conforme parecer do TRE, a candidata não apresentou exames que comprovassem a gravidez.
Por outro lado, Maria do Livramento, em sua defesa, afirmou que dificuldades financeiras a levaram desistir da campanha.
“As candidatas não demonstraram terem realizado qualquer ato de campanha nas redes sociais, limitando-se, mais uma vez, a afirmarem que as candidatas não possuíam aparelho celular nem acesso às redes sociais. É pouco crível que qualquer candidato se arrisque em uma corrida eleitoral sem realizar contato com os eleitores por meio das redes sociais”, relata o TRE.
Mudanças na Câmara
A situação resultou na perda do mandato dos dois vereadores eleitos pelo partido. Com a mudança na Câmara Municipal de Parnaíba, quem assume as respectivas cadeiras na Casa é Rodney Spíndola (Podemos) e Everaldo Lima (PSL).
O vereador Taylon Oliveira disse receber a notícia da suspensão da chapa com naturalidade e que vai recorrer da decisão, solicitando o efeito suspensivo do Tribunal Regional Eleitoral.
“A gente recebe com naturalidade, ninguém está aqui para discutir o mérito do juiz, é um decisão dele contra um parecer do Ministério Público e o Ministério Público tinha dado um parecer favorável com a permanência da chapa”, disse o parlamentar.
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