7 de julho de 2025

Primeira sommelier de mel do Brasil dá destaque à apicultura piauiense

Thálef Santos

Publicado em 10/04/2022 11:00

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Teresa Raquel bastos, a piauiense que se tornou a primeira somelier de mel do Brasil. (Foto: arquivo ClubeNews)

Thálef Santos
thalefsantos@tvclube.com

Teresa Raquel Bastos é a primeira sommelier de mel do Brasil e afirma que, assim como há o terroir de vinho – nome dado a lugares que produzem vinhos únicos, inimitáveis – o desejo dela é firmar o terroir piauiense da apicultura. Filha de apicultor, ela apostou em receitas diferentes de mel e descobriu que a variedade do produto atrai clientes diversos.

Depois de fazer um curso na Itália para o desenvolvimento da percepção sensorial do mel, Teresa é capaz de harmonizar pratos com os devidos tipos de floradas das abelhas. O pai de Teresa, Wener Bastos, é profissional da área desde 1983.

Desde pequena, a sommelier experimentava diferentes floradas de mel oferecidas pelo pai apicultor. No convívio com as colmeias e favos, ela se surpreendeu com um mel amargo que tinha sabor de chocolate, daí surgiu o interesse maior na área.

(Foto: arquivo ClubeNews)

Caminhada
Apesar de estudar jornalismo e até trabalhar no programa Globo Rural, Teresa encontrou uma possibilidade de crescer como empresária nos negócios e apiários do próprio pai, utilizando as abelhas e o seu maior tesouro: o mel! Ela descobriu a possibilidade de produzir diferentes sabores e aromas de cada florada no produto final após os aprendizados que colheu em seu curso de percepção sensorial.

“Comecei o curso descobrindo como são identificadas as notas do mel, como o vinho que tem as notas de cereja. Por exemplo, tem mel que tem cheiro de curral de vaca, impressionante! Você sente e vai direto pro interior. É uma florada chamada Buckwheat que tem na Europa, então é um mercado com muita variedade”, afirma Teresa Raquel.

Teresa Raquel Bastos, primeira sommelier de mel do Brasil. (Foto: arquivo ClubeNews)

Variedades
Para ela, os produtos de origem europeia como os franceses, dinamarqueses e italianos são mais aromáticos e frutados. Em alguns países, o mel é um ingrediente de luxo nas mesas, valorizado pelo conhecimento do trabalho que há na produção da especiaria, principalmente em floradas mais raras, de acordo com a sommelier . “Eles conseguem realmente valorizar toda a potência do mel”, conta.

A intenção de Teresa é introduzir a cultura de valorização do mel no Brasil a partir do Piauí, que possui muitas floradas de produção.

“O mel claro com gosto mais suave é bastante fácil de comer e combinar com outras coisas. Ele vai muito bem com queijos, como o parmesão. Ele no favo fica excelente no queijo brie, que é mais delicado e contrasta, realça. O mel mais escuro é muito utilizado em receitas salgadas, como para fazer glaceado  em carne de porco. Dependendo da florada você combina de diversas formas. É uma variedade e versatilidade muito grande do ingrediente”, afirma Teresa.

A especialista conta que o ingrediente das abelhas pode ser utilizado de diversas formas e não apenas como um doce ou remédio popular. Seja na dieta ou na busca de diferentes sabores, as variações dão muitas possibilidades para quem se permite experimentar novas formas. Teresa diz que o mel cristalizado ou amargo, “direto da fava”, é evitado pelos apicultores nacionais, mas pode proporcionar grandes experiências ao paladar.

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